Mercado

2021 foi o ano do Saneamento

Saneamento

O ano de 2021 foi sem dúvida nenhuma um dos melhores para o mercado de Saneamento. Contando com o último bloco da Cedae, no Rio de Janeiro, licitado nesta quarta-feira, o setor chegou a uma soma de R$ 42,2 bilhões de investimentos contratados desde a aprovação do novo marco legal, em julho de 2020 – desse valor, R$ 32 bilhões serão feitos no Rio. Nesse período, foram concedidos ao menos dez grandes contratos, também em Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Amapá. Além disso  a entrada de novos players neste mercado, que buscaram oportunidades em diversas regiões do Brasil.

A onda de leilões de saneamento básico deverá seguir em 2022, porém, em um ritmo menor, após dois anos bastante intensos. Ainda temos algumas joias da Coroa, por assim dizer.  O mercado aguarda ansioso pelo projeto da CORSAN , Companhia Riograndense de Saneamento.

O processo foi estruturado pelo BDES, já passou por aprovação no legislativo estadual, faltando apenas a definição do calendário. Diferente de outros projetos a CORSAN vai abrir seu capital através de ações na Bolsa de Valores. Espera-se que arrecadar R$ 1 bilhão de reais nesta transação, onde o Governo do Rio Grande do Sul ficará com 30% das ações.

Vale lembrar que outras empresas já estão na Bolsa, como SABESP (SP),  COPASA ( MG) e SANEPAR (PR) , porém nestes casos o Estado ainda é o acionista majoritário.

O Ceará também caminha para uma PPP (Parceria Público Privada) e alguns municípios prometem realizar ações menores ainda este ano para suas áreas de saneamento.

O BNDES, principal responsável na estruturação dos editais de privatização, considera que 2022 será um ano de planejamento e formação de novos projetos de saneamento, há ao menos três Estados com estudos engatilhados: Paraíba, Sergipe e Rondônia. Este último ainda com uma questão interna a ser resolvida, já que Porto Velho ainda não está dentro do projeto de privatização, o que pode diminuir o interesse das empresas pela região.

Um fator crítico que promete tornar este ano mais lento para as privatizações é a questão das eleições. Afinal estruturar uma ação deste porte em um ano eleitoral é sempre mais complicado para todos os envolvidos.

2022 está só começando! Muito trabalho pela frente!

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