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Ibovespa acompanha exterior mais negativo e opera em baixa; dólar sobe

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O dólar é hoje o que se chama de moeda de referência: o que acontece com ele afeta todas as moedas e reflete o cenário econômico global e de muitos países, diz Ibovespa .

Diante dos efeitos do coronavírus na economia, a ordem é buscar proteção.

No início da tarde de quinta-feira (30/04), os números do Ibovespa caíam de 3,10%, aos 80.564 pontos. No pior momento da sessão, registrou mínima de 80.404 pontos. Já o giro financeiro, bastante forte no início do pregão, foi desacelerando e somava R$ 8,75 bilhões.

O dólar, que subia 1,74% e era cotado a R$ 5,4508, também demonstra a busca por proteção entre os investidores. Na máxima, a divisa chegou a R$ 5,4583.

O movimento visto nos mercados se fortaleceu porque este foi o último pregão da semana e também do mês de abril. Nestas condições, é natural que haja um ajuste de carteira e ainda busca por proteção, após uma semana de fortes ganhos.

Nesta semana, o Ibovespa acumula ganhos, até agora, de 7,79%. No mês, consegue avançar 11,20%, um resultado bem positivo se considerado o tombo visto em março.

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Ibovespa sobe 2,29% e encerra em 83.170,80 pontos. Créditos: NurPhoto/Getty Images.

Na Europa, os índices recuam após dados do Produto Interno Bruto (PIB) da região revelarem uma recessão maior que o esperado no bloco, em rápida deterioração. Já nos Estados Unidos, o número de pedidos de seguro-desemprego chegou aos 3,839 milhões, acima da estimativa de 3,5 milhões de economistas, o que afetou o humor do mercado. A renda pessoal dos americanos ainda diminuiu 2% em março, mais que a expectativa, de 1,3%.

Após a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter a taxa de depósito da zona do euro negativa em 0,5%, os investidores repercutem ainda a entrevista com a presidente do órgão, Christine Lagarde. O mais importante para o mercado é entender quais medidas ainda serão necessárias para conter os efeitos econômicos do coronavírus e se o BCE será capaz de prestar auxílio aos países do bloco.

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Bradesco cai após informar um lucro de R$ 3,38 bilhões no primeiro trimestre, queda de 42%. Créditos: Divulgação.

Os destaques negativos do dia estavam com Multiplan ON (-7,87%) e Bradesco (-5,70% a ON e -6,40% a PN), com o banco pressionando consideravelmente o índice.

0 lucro recorrente foi de R$ 3,75 bilhões redução de 40%, enquanto a previsão dos analistas era de lucro recorrente de R$ 3,2 bilhões. Para analistas, a deterioração dos ativos e os impactos do coronavírus nos resultados do banco vieram em velocidade mais rápida do que era esperado.

Já no caso da Multiplan, apesar de ter registrado no primeiro trimestre um lucro líquido de R$ 177,7 milhões, alta de 93% em relação aos R$ 92 milhões registrados no mesmo período de 2019, preocupa os investidores por causa do fechamento dos shoppings administrados. Os agentes observam, principalmente, a queda nas vendas onde a companhia tem participação e o corte anunciado no plano de investimentos.

Fonte: Valor Econômico.

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