A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do estado de São Paulo, lançou um edital de chamamento para empresas de construção modular que quiserem atuar nas políticas públicas de habitação desenvolvidas no estado. Também podem participar empresas e instituições científicas, tecnológicas e de inovação do Estado de São Paulo que integrem o Sistema Paulista de Inovação Tecnológica.
Segundo a autarquia, a meta é construir, até 2027, 15 mil unidades habitacionais verticais e horizontais unifamiliares (casas). A concorrência também prevê a construção de 100 mil metros quadrados de prédios para uso público.
As empresas poderão participar nas seguintes modalidades de empreendimentos:
– Habitação multifamiliar vertical, de uso residencial ou misto;
– Casas térreas ou sobrados;
– Módulos habitacionais evolutivos, para uso em comunidades urbanas e vilas de passagem;
– Edifícios públicos de até três pavimentos, para uso estadual ou municipal.
A contratação será realizada na modalidade de Carta de Crédito Associativa (CCA), que, segundo o governo, proporciona maior celeridade na produção habitacional. As edificações deverão respeitar todas as exigências estabelecidas pelas normas técnicas que regulam a habitação de interesse social e as empresas deverão apresentar inspeção acreditada do projeto.
Para participar, os interessados devem primeiramente se cadastrar no site da CDHU até 14 de fevereiro. Findado o prazo de cadastramento, a etapa de inscrição e envio das propostas será aberta, seguindo até 18 de abril.
O processo seletivo ocorrerá por meio prova prática de capacidade técnica, na qual os concorrentes deverão construir modelos habitacionais seguindo as especificações fornecidas pela CDHU. Entre os critérios de análise estarão quesitos como sustentabilidade, menor emissão de poluentes, melhor logística e menor prazo de entrega.
Os terrenos para a efetiva construção serão indicados pela organizadora, mas também poderão ser apresentados pelos próprios agentes promotores, com análise prévia da CDHU.
Segundo o edital, os custos de produção e valor final das unidades deverão ser compatíveis com o mercado e não poderão comprometer mais de 20% da renda mensal dos seus compradores, considerando um financiamento de 30 anos, sem juros, e corrigido pelo IPCA. As condições do financiamento seguirão a política desenvolvida pela CDHU, que também indicará a demanda às empresas selecionadas.
Construção industrializada a favor da sociedade
No último ano, o governo de São Paulo tem visto na prática a eficiência e benefícios que a construção industrializada oferece à população. No município de São Sebastião/SP, em apenas dez meses foram construídas 518 unidades habitacionais destinadas às famílias afetadas pelas enchentes no litoral norte em fevereiro de 2023. As novas moradias foram projetadas e construídas inteiramente com sistema wood frame pela empresa Tecverde .
Habitações em São Sebastião/SP, executadas em wood frame | crédito: Divulgação Tecverde
Durante a entrega das primeiras unidades, o governador do estado destacou que a agilidade e qualidade da construção industrializada o levaria a adotá-la cada vez mais em mais projetos de habitação popular em São Paulo.
O C3-Clube da Construção Civil reforça o seu apoio à difusão e uso massivo da construção industrializada no Brasil. Acesse o site do Brasil Viável e saiba como você pode ajudar a democratizar a construção industrializada no país.
Crédito imagem capa: Portal Steel Frame
