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Adriano Rolleri fala sobre as perspectivas da Ibratin

Como foi assumir a gestão da Ibratin?

Cheguei na empresa em 2018, e posso dizer que minha entrada foi muito natural, se eu tivesse que resumir em uma frase. Antes disso, trabalhei sete anos em construtora e incorporadora também do grupo, onde aprendi o que é gestão de empresa. Por ser de porte pequeno, entendi os processos envolvidos em todos os departamentos.  Esta experiência foi fundamental, pois acabou me trazendo bagagem suficiente para entender como funciona uma organização. 

Explique um pouco da sua função hoje.

Quando assumi o cargo de diretor de novos negócios percebi onde estava o gargalo. Por se tratar de uma empresa familiar, sabia o que seria necessário para melhorar a gestão da organização e me empenhei muito nisso. A partir do momento que os acionistas me passam um número de faturamento, quilos produzidos e o resultado esperado, começa o meu trabalho.  Meu papel é muito claro, inclusive, tenho feito todos compreenderem o propósito da Ibratin.  Com base nessa diretriz acionária, oriento desde o marketing até o financeiro a cumprir metas e atingir os objetivos, com avaliações constantes e mudança de rota quando necessário. 

Qual foi o principal impacto com essa mudança de geração na gestão da empresa?

Meu pai é extremamente aberto a mudanças, por isso nunca tive problemas em relação a isso. Ele não barra nada, pelo contrário, direciona para o melhor caminho. Tanto eu quanto meu irmão entendemos que precisamos um do outro, isto é, juntos nos tornamos 100%. Apesar das divergências, que é algo natural, existe um equilíbrio.  Eu sou mais acelerado e ele mais ponderado. 

O que você pode falar sobre os objetivos a curto e longo prazo?

A curto prazo é fazer o que a gente já se comprometeu a fazer. Está tudo planejado, pois somos organizados. Vamos entregar o resultado que nos dispomos a entregar. Entre 10 e 15 anos, pretendemos continuar na liderança do mercado de texturas, crescendo de maneira sustentável e com base em nossos princípios. Pessoalmente, tenho como objetivo que a empresa se torne cada vez mais representativa e todos os colaboradores acompanhem essa evolução. Não adianta eu ter um plano de carreira para eles se a empresa não crescer. No dia em que faturarmos 400 milhões no ano, certamente vou ter espaço para o crescimento destes profissionais. Quero criar oportunidades. 

Quais as apostas para os próximos cinco anos? 

Participar cada vez mais do mercado de construção civil, vendendo texturas, que é o nosso carro chefe.  Queremos expandir o mercado de tintas e, principalmente, oferecer soluções para fachadas. De certa maneira, isso já vem ocorrendo, pois não estamos mais limitados a texturas. Ainda que esse tipo de acabamento se torne popular, nada me impede de vender outras soluções. A proposta é que a Ibratin se torne sinônimo de solução para o setor da construção, reformas e obras em geral. Sem perder a essência, claro, e o que já conquistamos.

Tem algo em mente já planejado para esse futuro crescimento?

O sul do Brasil hoje é um grande desafio para nós, onde podemos encontrar grandes oportunidades de mercado. Queremos entender o que é necessário para conquistar essa região, para isso estamos investindo mais. Nossas estratégias estão voltadas a isso, inclusive, montamos um plano de ação local. Também pretendemos crescer no varejo, aumentando a base de clientes em home centers. Queremos aumentar ainda o número de consumidores da linha de argamassa e, principalmente, repintura, que é um mercado muito estratégico para a Ibratin. Somos uma fábrica de cores, então a repintura é mais que importante, está no nível A de importância. 

O que você diria para os novos colaboradores?

Para que eles entendam e analisem a empresa, a cultura e a essência Ibratin. Se eles estiverem dispostos a isso, tudo é uma questão de trabalho. Tenho certeza que não faltará empenho por parte dos gestores para oferecer oportunidades. É imprescindível, porém, saber se as expectativas de todos estão alinhadas com nossos princípios e valores. 

Quer deixar uma mensagem?

Primeiro quero agradecer nosso ao presidente Luciano Rolleri, pois sem ele ninguém estaria vendo essa entrevista. Ele veio da Itália com uma ideia na cabeça, o peito e a coragem. Por isso sempre diz: “Não sei o que fiz, só sei que saí todos os dias de casa para fazer a coisa certa. Um dia olhei para trás e tinha a Ibratin”. Estou há cinco anos na empesa, mas minha família vive dela há 45 anos. Então, primeiro é agradecer a todos esses que vieram antes de mim, cada um contribuiu de sua maneira, deixando um pedacinho de algo muito bom. 

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