Mercado

A volta das lajes corporativas

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Com os números dos casos de Covid-19 caindo e o aumento da vacinação, muitos escritórios em São Paulo estão voltando a ser ocupados. O que é excelente para o segmento de lajes corporativas, que voltam a apresentar números positivos, depois de Março de 2020.

No primeiro trimestre deste ano, segundo a consultoria Buildings, houve uma melhora na taxa de vacância, que mostra a quantidade de edifícios corporativos desocupados. Em relação ao fim do ano passado, esse índice recuou de 21,3% para 21%. Parece pouco, mas é um alento que o setor está celebrando.

Essa visão positiva tem razão de ser: o total de espaços vagos caiu a despeito da entrega de novos prédios comerciais, o que pode apontar para novas recuperações ao longo de 2022. Segundo o sócio-diretor da Buildings, Fernando Didziakas, a recuperação desse mercado poderá ocorrer de forma mais célere do que inicialmente previsto – e isso apesar de o trabalho híbrido ter chegado para ficar. “Nos últimos dois anos pairou uma grande dúvida sobre o setor de lajes corporativas. Hoje vemos com olhar otimista esse movimento de retorno aos escritórios. Muitas empresas voltaram a aumentar seu espaço”, diz.

A gestora de investimentos Hedge é um exemplo dessa tendência do mercado imobiliário corporativo: a companhia alugou mais espaço para seu escritório tanto porque sua equipe cresceu, quanto também porque queria reduzir a aglomeração de funcionários. 

Novos espaços

Se durante a pandemia o mercado de escritórios se assustou com a devolução em massa de espaços por empresas que projetavam que os edifícios não eram mais necessários, hoje já há companhias voltando atrás nessa decisão.

E o caso da XP Investimentos, que reduziu seu escritório no início da pandemia e hoje ocupa uma área bem maior para se adequar aos novos tempos.

Presidente da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield no Brasil, Celina Antunes afirma que, neste momento, há dois movimentos que estão levando a um cenário mais favorável das lajes corporativas. O primeiro tem relação, de fato, com o crescimento das empresas. O segundo está ligado ao aumento de área para comportar espaços mais relacionados ao lazer, como restaurantes e salas de jogos.

A redução da “densidade populacional” e oferta de novos serviços para atrair o funcionário para o trabalho presencial também vem ajudando neste novo momento.

Na visão da executiva da Cushman & Wakefield, a busca por espaços que fujam do lugar-comum deixou de ser exclusividade das empresas de tecnologia.   De acordo com Celina, 2022 será o ano em que as empresas conseguirão ter mais visibilidade sobre o uso do seu escritório, com grande parte delas adotando o modelo híbrido. Como consequência, os espaços ainda serão pouco ocupados. 

A partir de 2023, contudo, a tendência pode mudar, com as companhias, depois de investirem em seus espaços, tornando o retorno presencial compulsório, mesmo que não em todos os dias da semana.

Fonte: Estadão

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