É impossível para uma construtora realizar um projeto se antes não existir o trabalho de uma demolidora. Quem circula por São Paulo tem boas chances de já ter encontrado uma placa da demolidora Diez, uma das maiores deste segmento e o boom do mercado imobiliário levou ao crescimento do mercado de demolição.
Uma das principais razões é que a verticalização da cidade está aumentando e quadras e mais quadras de tradicionais bairros residenciais paulistas, como Sumaré e Vila Madalena, tem dado lugares a novos empreendimentos.
Como resultado, a empresa afirma que nunca trabalhou tanto. Se ela fazia cerca de 80 demolições por ano até 2019, de 2020 para cá a média anual é de 300.
Hoje imersa em quase 30 demolições, a empresa põe abaixo quadras inteiras em até 90 dias, uma vez que a demolição de um sobrado leva cerca de cinco dias.
Quando iniciou esta atividade, na década de 60, o mesmo trabalho levava em média três meses para ser concluído, afinal era realizado de forma totalmente manual.
Não havia equipamentos, nem mesmo caminhões basculantes para o entulho. Os caminhões eram descarregados com pás. A chegada de equipamentos cada vez mais sofisticados aceleraram o trabalho e diminuíram custos com folhas de pagamento.
Outro ponto interessante é que a empresa percebeu uma oportunidade no que antes era um problema: a questão das sobras da demolição.
A solução foi ampliar o negócio e além da Diez que cuida da demolição, o grupo iniciou a operação da Brasolo, responsável por executar fundações e assim reciclando 96% do material produzido pela demolição.
E se depender do mercado imobiliário, a empresa pretende nadar em um oceano azul por um longo período.
Isto porque as perspectivas para 2023 ainda é de crescimento e construtoras e incorporadoras vem preparando novos lançamentos para atender ao consumidor, que possui um trabalho híbrido e busca conforto e facilidades para sua vida.
Fonte: Valor