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E a pegada de carbono?

Conheça mais a sobre o termo “pegada de carbono” no artigo

Escrito por: Roberta Bigucci – Advogada / Arquiteta e urbanista, diretora da construtora MBigucci

O termo “pegada de carbono” começou a ser usado por volta de 1990, mas ganhou destaque com o crescimento e difusão dos valores ESG. Utilizado para medir o impacto ambiental das atividades humanas em termos de emissões de dióxido de carbono (CO2), sua definição também abrange outros gases de efeito estufa (GEE).

Várias organizações e entidades internacionais trabalham com o conceito de pegada de carbono, estabelecendo diretrizes e metodologias para seu cálculo e redução, entre elas a ISO (Organização Internacional para Normalização) com as normas 14064 e 14067.

Em resumo, é uma maneira de quantificar e comparar o impacto ambiental de diferentes produtos, serviços, empresas e até mesmo indivíduos. A pegada de carbono se tornou uma ferramenta importante para avaliar e gerenciar o impacto das atividades humanas no clima e no meio ambiente.

Mas como fazer isso? 

Apesar de já existirem empresas especializadas em medir o tamanho da sua pegada de carbono, é possível iniciar esse controle de forma mais simples.

Aqui na MBigucci, por exemplo, nós utilizamos uma calculadora de emissão de carbono para saber o quanto deixamos de emitir de CO2 com as assinaturas digitais. Registramos quantas pessoas (clientes e colaboradores) deixaram de se deslocar, o tipo de veículo, quantos quilômetros não foram percorridos e o quanto isso foi importante em todos os sentidos.

Veja, atualmente ninguém tem tempo, e as assinaturas digitais ajudam muito. Em menos de 5 minutos é possível fazer o que se levaria em pelo menos 1 hora com deslocamento.

Além de tudo, não existe a emissão de CO2, porque deixou-se de usar carro ou transporte público para chegar ao destino. Tem ainda a economia financeira de não ter que gastar com a gasolina, diesel ou passagem de avião para os que moram longe.

Ou seja, com uma simples assinatura digital nós englobamos as três letras do ESG. O E (Environmental – com a redução da pegada de carbono), o S (Social – facilitando a vida dos clientes) e o G (Governance – com redução de custos para todos).

Desde antes da pandemia, já fazíamos assinaturas digitais com esse objetivo, principalmente o S (social), mas no começo não foi fácil, pois o hábito da assinatura digital não transmitia segurança, e com a pandemia, isso parece que virou uma boa regra.

É uma mudança de cultura. Nesse caso, por conta da pandemia, foi meio “na marra”; ou assinava digital, ou não assinava, e aí criou-se um hábito, mas a mudança de cultura tem que ser contínua. Começa pequena e depois vai crescendo.

Muitas empresas construtoras já medem suas emissões nas obras, através de empresas especializadas. Outras vendem ou compram créditos de carbono para fazer compensações ambientais.

Aí pode vir a pergunta, “mas não seria mais fácil e mais “verde” plantar árvores para compensar o carbono emitido?

Talvez a resposta seja “não”, porque o plantio de árvores tem o resultado mais lento na captura do CO2. Precisamos esperar a árvore crescer.

Com a compra dos créditos de carbono, nós podemos ajudar a financiar projetos de energia limpa por exemplo. O impacto disso é imediato, já o plantio, demora muito mais.

Mas temos que ter em mente que tanto plantar, quanto financiar projetos através da compra de crédito de carbono, são importantes na luta contra as mudanças climáticas. 

Cada abordagem tem suas próprias vantagens e desafios, e a escolha entre elas depende das circunstâncias específicas e das prioridades de quem está buscando compensar suas emissões de carbono.

Portanto, à primeira vista, após ler a definição do que é a pegada de carbono, podemos achar que “isso não é pra mim ou para minha empresa”, mas sim, a pegada é de cada um de nós, e a solução também!

Aqui, literalmente temos que “plantar a sementinha” para que cada um comece a fazer a sua parte e no final termos um mundo melhor.

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