O MITHUB divulgou um relatório da Terracotta Ventures sobre a CONSTRUÇÃO MODULAR, mostrando o seu status no mundo e no Brasil, destacando uma movimentação financeira estruturada em sua direção.
O documento aponta que 77 startups de CONSTRUÇÃO MODULAR receberam investimentos superiores a US$ 2,2 bi, desde 2010. Não é à toa que empresas como: Facebook, Google, Amazon e Autodesk estão no bloco destes investidores1.
Figura 1 – Algumas das principais empresas investidoras em construção modular e empresas investidas
Fonte: Construção Modular Off-site Report 2020 – Terracota Ventures (2020)
Cabe uma observação importante a respeito deste quadro. As empresas investidas por estes gigantes mundiais apresentam soluções completas em CONSTRUÇÃO MODULAR. Este também foi o caso da KATERRA, a maior construtech global em operação.
No Brasil, ao contrário disso, os investidores têm investido mais fortemente em startups proprietárias de softwares ou de aplicativos mobile destinados a “turbinar” uma parte de negócios tradicionais do setor de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC). Ainda que nestes casos, os investimentos sejam mais modestos e os riscos, portanto, menores, eles não representam soluções completas.
Claramente a tese de empresas como GOOGLE, FACEBOOK, AMAZON e AUTODESK é que investimentos que de fato impactem amplamente no modelo de negócio, em todo o ciclo de vida dos empreendimentos e na “Jornada do Cliente”, têm maior potencial para se constituir em uma solução robusta e de alto impacto, para a transformação da construção em uma indústria moderna e eficaz.
A CONSTRUÇÃO MODULAR dobrou de tamanho nos últimos 5 anos. Trata-se de uma solução para os problemas da construção tradicional: previsibilidade de preços e prazos, rapidez, qualidade e desempenho incomparáveis e ainda, maior sustentabilidade.
O BIM inseriu a construção na era digital e é uma das tecnologias exploradas pela CONSTRUÇÃO MODULAR, que também possui forte embasamento nas áreas de conhecimento de PRÉ-CONSTRUÇÃO e FAST-CONSTRUCTION (tese que tenho defendido), bem como nas ferramentas que ambas exploram. A CONSTRUÇÃO MODULAR também se apropriou das diversas tecnologias e inovações oferecidas pela digitalização, em processos, produtos e produtividade, rumo à INDÚSTRIA 4.0.
Vale a pena conferir o conteúdo do relatório, através do botão a seguir!
Paulo Oliveira – engenheiro civil, PMP, consultor, conselheiro, mentor, diretor executivo e líder estratégico. CEO da ARATAU Construção Modular. Escrevo artigos sobre tecnologia, inovação, industrialização da construção e construção modular para o Buildin, Construliga, C3 – Clube da Construção Civil e Linkedin.