Prazo adicional vale para contratos como os de financiamento e microcrédito. A Caixa Econômica Federal anunciou na sexta-feira (28) a prorrogação por mais três meses na pausa das prestações de créditos comerciais, para pessoas física e jurídica, totalizando seis meses de suspensão dos pagamentos.
Devido à crise causada pela pandemia de Covid-19, a medida vale para contratos como os de renegociação, Crédito Direto ao Consumidor (CDC), microcrédito, Construcard e Crédito Auto.
O banco também oferece a pausa no financiamento imobiliário por até seis meses. O prazo foi ampliado no final de julho, e ainda é possível fazer a solicitação. Segundo a Caixa, mais de 2,4 milhões de clientes já solicitaram a pausa na prestação habitacional.
Entretanto, o banco alerta que durante o período de pausa, o contrato não está isento da incidência de juro, seguros e taxas. Os valores dos encargos pausados são acrescidos ao saldo devedor do contrato e diluídos no prazo remanescente, as taxas de juros não são alteradas.
Outros bancos também oferecem a possibilidade de pausar empréstimos e financiamentos, ou realizar novas operações com até três meses para começar a pagar.
O Itaú aceita a prorrogação por até 120 dias para pessoa física e 180 para empresas, com pagamentos em dia. Segundo o banco, já foram 1,8 milhão de solicitações.
O Santander oferece até 60 dias para começar a pagar, para pessoa física, e até 90 dias, para empresas, além de prolongamento de contratos em andamento.
O Bradesco oferece carência de até 90 dias para novos contratos, e 120 dias de prorrogação de dívidas.
O Banco do Brasil também oferta prorrogação de parcelas e carência que chega a 180 dias.
Já o Banestes oferta a prorrogação de vencimento de contratos em até 180 dias, para pessoa física e jurídica. As operações dependem de aprovação prévia.
Taxas e juros não ficam de fora, alertam especialistas.
A pausa no pagamento de empréstimos e financiamentos imobiliários tem que ser planejada e pode custar mais caro no futuro, conforme alertam especialistas.
Caso a pausa de um financiamento imobiliário seja feito por seis meses, por exemplo, as parcelas serão acrescentadas ao saldo devedor, e sobre esse saldo são cobrados juros de contrato. Para o economista Eduardo Araújo, a opção é recomendada para quem teve uma redução temporária de renda.
“Não há garantia de que daqui a seis meses a situação terá melhorado. A melhor coisa é tentar se livrar o mais rápido possível da dívida, e postergar somente se a pessoa sabe que sua redução de renda foi temporária, e tem uma garantia de que irá retomá-la em alguns meses”, aconselhou.
“É recomendável tentar economizar em outras áreas, ou até mesmo se desfazer de algum bem, para manter o pagamento”, concluiu.