A construção civil, um dos setores que começava a se recuperar no ano passado, com crescimento de 1,6%, e dava mostras de avanço em 2020, é o responsável por bom percentual da queda do PIB nacional no primeiro trimestre, fechado em 1,5% negativo, segundo anúncio do IBGE.
Setor emprega mais de 2 milhões de pessoas
Com a pandemia, o setor de construção reduziu em 2,4% a produção de riquezas para o país entre janeiro e março deste ano.
Janeiro e fevereiro começaram otimistas. Créditos: Divulgação.
De acordo com previsão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção(CBIC), havia expectativa de crescimento de 3% no ano e contratação de 200 mil pessoas a mais em relação a 2019. Mas março, com o início da quarentena no país, veio para desfazer as esperanças. O setor emprega mais de 2 milhões de pessoas.
O tombo só não foi maior porque o mercado imobiliário conseguiu se manter ativo durante a pandemia da Covid-19 e também porque as obras não foram paradas na maior parte do país, já que a atividade foi considerada uma das essenciais para a economia.
As atividades imobiliárias foram na contramão do setor de serviços, que encolheu 1,6%, com avanço de 0,4%.
Segundo um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas/IBRE, a queda no ano inteiro deve ficar por volta de 11% caso se confirme a previsão de PIB brasileiro de menos 5,4% (outra estimativa do instituto).
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“A construção civil está puxando sempre para baixo a parte da infraestrutura. O mercado imobiliário até que tem se recuperado, mas com o distanciamento social, em março, ficou um pouco prejudicado. Tanto que teve queda na ocupação no trimestre e também na fabricação dos principais insumos para a construção”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Fonte: Correio do Povo.