Mercado

Taxa de crédito caminha para dois dígitos

dígitos

Mesmo com o volume atual de vendas por conta de financiamentos imobiliários, as principais instituições do setor acenam para a possibilidade de elevar as atuais taxas de crédito para dois dígitos.

Desde o final de 2017 as taxas não atingem este valor, e no momento a média de 9,8% ao ano, lembrando que 12 meses atrás era 7,5%.

As incertezas sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) depois das eleições, a inflação elevada e a possível extensão do ciclo de alta dos juros básicos (Selic) são consideradas pelas instituições financeiras como razões para a cautela.

O presidente da AbecipJosé Rocha Neto, minimizou o risco de que as taxas passem por disparadas, mas concordou que a marca simbólica de 10% pode ser ultrapassada. Para ele, uma alta pontual não derrubaria o setor, uma vez que se o valor da mensalidade compensar em comparação ao aluguel para o cliente, o mercado vai continuar operando.

As principais instituições

Bradesco

O Bradesco mexeu na sua taxa de crédito imobiliário pela última vez em setembro passado. Na ocasião, subiu de 9% ao ano mais Taxa Referencial (TR) para 9,5% + TR.

Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco recentemente subiu a taxa de 9,1% para 9,5% ao ano mais TR. Perguntado se sentiu impacto na demanda, o diretor de crédito imobiliário e consórcio, Thales Ferreira da Silva, disse: “A mudança ainda é muito recente, mas é natural que haja uma acomodação depois”.

Santander

O Santander baixou a taxa em março, de 9,99% para 9,49% ao ano mais TR, buscando tornar-se mais competitivo. Esse corte, entretanto, não representa uma tendência “baixista”, ponderou o diretor de crédito imobiliário do Santander Brasil, Sandro Gamba.

 Caixa Econômica Federal

O carro-chefe do banco estatal é o crédito a 8,85% ao ano mais TR. A Caixa ganhou participação no mercado de crédito imobiliário com recursos da poupança desde que a Selic começou a decolar no início de 2021. Em julho deste ano, respondeu por 60% dos financiamentos nesse segmento (no ano passado, oscilou de 40% a 45%), disse o diretor executivo de Habitação, Rodrigo Wermelinger

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