Se o mercado de lajes corporativas viveu um momento delicado durante a pandemia, o mesmo não se pode afirmar dos galpões logísticos, que estão vivendo um crescimento recorde em todo o país.
E nem mesmo a entrega recorde de 2,2 milhões de metros quadrados (m²) de novas áreas no ano passado foi capaz de melhorar a disponibilidade de galpões de alto padrão no País, que continua restrita.
O aperto provocado pela explosão do e-commerce fez com que 2021 se encerrasse com a menor taxa média de galpões vazios no País em sete anos, de 10,19%, aponta o levantamento da SiiLA, empresa especializada em pesquisa de mercado.
Raio X do Mercado Brasileiro.
Em Estados do Norte, do Nordeste e do Sul faltam galpões para alugar.
Em Sergipe e Paraíba, a vacância é zero. No Ceará e no Espírito Santo, não chega a 1%. No Amazonas, no Pará, em Goiás e em Santa Catarina está abaixo de 4%.
Até o Estado de São Paulo, que concentra a maior parte dos novos empreendimentos, tem problemas de oferta. A vacância média de São Paulo, de 12,31%, um pouco acima da média nacional, é ainda muito baixa e a menor em sete anos. E em municípios mais cobiçados, como Cajamar e Barueri, essa taxa oscila entre 6% e 7%.
A influência do E-Commerce
“O avanço do e-commerce que houve com a pandemia aumentou a procura por galpões em regiões mais distantes do País, onde a oferta de ativos de melhor qualidade é menor”, afirma Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA e responsável pela pesquisa. Isso levou a uma redução mais rápida da disponibilidade de galpões vazios nessas localidades.
A maior demanda já começa a ter impacto em preços em algumas regiões, principalmente em áreas mais nobres num raio de 30 quilômetros da cidade de São Paulo. O aumento acumulado em dois anos chega a 35%.
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Fonte: Estadão