Brasil e Estados Unidos vivem momentos distintos quando se trata do crescimento do mercado imobiliário.
Segundo alguns especialistas, faltam moradias nos Estados Unidos e a diminuição no ritmo de novas construções em função da pandemia e as restrições impostas por algumas cidades para as chamadas propriedades multifamily, como prédios e condomínios, reduziram bruscamente a oferta e fizeram os preços subir e em muitas cidades não há mais residências.
Com a falta de novos empreendimentos, a regra do mercado é que os preços aumentam, e a geração que almeja esses imóveis possui muitas dívidas com carro e cartão de crédito, por exemplo, e acabam por migrar para o aluguel,mas nem conseguir aluguel tem sido fácil. Em cidades como Atlanta possuíam apenas 29 propriedades disponíveis em novembro de 2021.
Já no Brasil, o pé no freio se dá por uma outra razão: os juros. A escalada da taxa básica de juros, a Selic, diminuiu o poder de compra dos brasileiros no último ano e encareceu os financiamentos.
Apesar de muitas cidades o número de empreendimentos sendo erguidos é o mais elevado dos últimos anos, vale lembrar que estes projetos tiveram seus lançamentos em anos anteriores e o mercado já sinaliza uma redução no ritmo e acredita que este ano será o ano da estabilização.
Em resumo, as vendas caíram 14% no último trimestre do ano e os preços subiram quase 25%, segundo a associação do setor no Brasil. Quem ainda tem algum dinheiro no bolso costuma optar pelo aluguel. A dança dos juros está aí, mas ninguém sabe quanto tempo vai demorar. Fato é que juros nos dois dígitos não é sustentável traz insegurança e deixa o investidor ressabiado”, aponta Vaz. Enquanto faltam moradias em um país, os juros corroem o poder de compra da população em outro
Fonte: Veja