Em minha estreia como colunista, escolhi introduzir os temas Educação Continuada e Aprendizagem Organizacional, pois sua importância tem crescido significativamente nos últimos anos. A rápida e constante evolução do mundo, no contexto de profissões como a engenharia e a arquitetura, leva à necessidade de aprendizado contínuo e reciclagem periódica de conhecimentos técnicos e interpessoais, cruciais para o sucesso individual desses profissionais, bem como das empresas e organizações que representam.
Um dos principais desafios enfrentados no setor é o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas, de novas normas e regulamentações, além das constantes inovações em materiais, em métodos construtivos e design. Considerando sua crescente evolução, tornou-se imperativo acompanhar as atualizações e novidades do mercado para evitar a rápida obsolescência do nosso conhecimento, tornando-nos menos competitivos.
A Educação Continuada, por meio de cursos de extensão universitária, oferece a oportunidade dos profissionais se reciclarem, adquirirem novas habilidades e conhecimentos, além de se conectarem com colegas e especialistas da área.
A participação em webinars, eventos e feiras específicas da construção civil permite a troca de experiências e a obtenção de conhecimento de tendências emergentes, fomentando a capacidade de inovação dos engenheiros e arquitetos. Mas, para que estas ações tenham êxito, é fundamental que empresas e organizações também incentivem e invistam na educação contínua de seus colaboradores, garantindo que seus profissionais estejam sempre atualizados e preparados para enfrentar os novos desafios do mercado.
Neste contexto, o C3 – O Clube da Construção Civil atua como um agente catalisador e agregador ao unir todos os agentes da cadeia produtiva (construtores, projetistas, fundos de investimento, fabricantes de materiais e de sistemas) em seus encontros, permitindo tanto a atualização dos participantes, como networking visando a geração de negócios.
Esses foram os motivadores da escolha da Educação Continuada como um dos temas principais a serem abordados periodicamente nessa coluna.
Contudo, é importante reconhecer que ainda existe uma lacuna entre o conhecimento produzido nas academias e o que é efetivamente aplicado no âmbito empresarial. Essa falta de alinhamento pode limitar a progressão das organizações e afetar sua capacidade de inovação, deixando-as à margem da vanguarda.
Para superar essa barreira, é necessário estabelecer uma melhor conexão entre as empresas e a Academia, promovendo a colaboração em projetos de pesquisa e a participação de acadêmicos em obras, compartilhando informações e possibilitando a transferência de conhecimento entre as entidades.
Nesse cenário, a Gestão do Conhecimento emerge como um diferencial competitivo para as organizações. Ao adotar uma cultura que valoriza a aprendizagem contínua e estimula a troca de experiências entre seus colaboradores, as empresas podem criar dentro de casa um ambiente propício à inovação e ao desenvolvimento de soluções criativas para muitos dos desafios que enfrentam.
Resumidamente, a Gestão do Conhecimento deve envolver a identificação, captura, agrupamento e disseminação do conhecimento adquirido, por meio de Boas Práticas e de cursos em Universidades Corporativas, tornando-o acessível a todos os colaboradores, possibilitando que as empresas utilizem o conhecimento acumulado de forma mais estratégica e ágil, otimizando processos, reduzindo custos e melhorando a qualidade de seus produtos e serviços.
Em síntese, estas serão algumas das ideias a serem exploradas no outro tema principal desta coluna, a Aprendizagem Organizacional. Desta forma, buscamos destacar para o leitor a importância da Educação Continuada e da Aprendizagem Organizacional para o desenvolvimento e o sucesso dos profissionais da engenharia e arquitetura, bem como para o crescimento das empresas.
A reciclagem periódica de conhecimentos, por meio de cursos e eventos, mantém os profissionais atualizados e preparados para os novos desafios do mercado. A aproximação entre empresas e academia favorece a inovação e a aplicação prática do conhecimento, enquanto a Gestão do Conhecimento impulsiona a competitividade e a eficiência das organizações.
Todo investimento nesses temas certamente traz retorno, pois facilita o enfrentamento das constantes mudanças do mercado e permite evoluir em um mundo cada vez mais dinâmico e competitivo.
