Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, sem cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Colunistas José Marmo

Como se cria um produto R 3.0 (Realidade 3.0) ?

Realidade 3.0

Neste 3º. artigo, que estamos tratando de construções industrializadas, no modelo FBT (Full Building Tecnology), também chamada de R 3.0 (Realidade 3.0), iniciamos nossa conversa com uma pergunta:

Como se cria um produto R. 3.0 (Realidade 3.0)?

C 2.0 (Construção 2.0)

Realidade 3.0

Créditos: Divulgação.

Vale lembra que na C 2.0 (construção 2.0), o principal desafio lançado ao arquiteto criador é obter o, Máximo Potencial Construtivo, no terreno em estudo, custe o que custar. Na verdade, esse termo: “custe o que custar”, é mais uma força de expressão de minha parte, mas na realidade, é isso que acontece.

Leia-se “Máximo Potencial Construtivo”, como sendo a máxima área privativa alcançada para aquele projeto, isso porque é a área privativa, ou área vendável, que vai gerar o VGV (Receita).

Assim sendo, o arquiteto criador irá desenvolver o produto, sabendo que em seu trabalho está embutido um risco, e que sua remuneração virá somente após duas ações: a viabilidade econômica  do projeto e a entrada na prefeitura, o que pode demorar de 6 a 12 meses ou até mesmo anos, do início dos trabalhos, dependendo da complexidade do projeto.

É quase certo também que o arquiteto não irá gastar muitas horas no projeto, pelo próprio modelo de parceria entre o incorporador e o escritório de arquitetura. Ele possivelmente iniciará, mas não concluirá, repassando assim a um profissional menos oneroso. Tudo é encarado como uma questão de sobrevivência pelo escritório de arquitetura.

Após a criação inicial, o arquiteto passará o projeto para o engenheiro estrutural que fará o lançamento estrutural básico, ou seja,  estrutura convencional (ou laje semi-plana) , com pilares, muitas vigas e lajes, pois até hoje admite-se que uma estrutura com o excesso de vigas é certamente a  mais econômica. Porém essa visão é muito simplória pois em uma visão mais sistêmica este argumento cai por terra.

Nesta toada haverá grande chance de ser necessário transitar alguns pilares, o que irá onerar o custo e o prazo da obra. Isto é o que acontece na maior parte dos casos.

R 3.0 (Realidade 3.0)

Realidade 3.0

Créditos: Divulgação.

Já na criação do produto na R 3.0, normalmente este profissional não trabalha a risco, sendo que esta é a primeira grande quebra de paradigma.

O arquiteto irá desenvolver o projeto, sabendo de ante mão que o “Máximo Potencial Construtivo” é uma premissa básica, até para prosseguir os estudos.

Na R 3.0, além desta premissa, têm outras de igual ou maior importância e que deverão ser seguidas em seu conjunto, tais como:

 

  1. Modulação e Alinhamento vertical;
  2. Simetria simples e cruzada;
  3. Compacidade;
  4. Transição condicionada;
  5. Lançamento estrutural, padrão laje cogumelo (sem vigas);
  6. Vazios (pavimento tipo) não permitido.

 

Pela nossa vivência e expertise, sabemos que as premissas acima descritas somente serão atingidas levando-se em consideração três fatores importantíssimos: gastando-se mais tempo na criação; desenvolvendo-a de forma compartilhada, ou seja, a 4 mãos (arquiteto e eng. estrutural), sendo requerido destes profissionais total alinhamento e foco; nos pavimentos: Lâmina (UA’s) e o Núcleo Central (caixa escada, caixas de corrida, Shaft’s e hall’s), devem  estar totalmente integrados, pois é sabido que neste tipo de estrutura (laje cogumelo),  a estabilidade mais econômica é dada pela integração da lâmina junto ao núcleo central.

Uma constatação: um arquiteto gasta na concepção do produto C 2.0, 30% do seu tempo na inspiração e 70% na transpiração; já na R 3.0, ocorre o inverso, 70% na inspiração e 30% na transpiração.

É importante descrever o significado de cada item mencionado.

Modulação e Alinhamento vertical

Chamamos de modulação vertical a definição do P.P. (piso a piso) de cada pavimento, começando pelo pavimento tipo, lembrando que em nosso sistema Construtivo (3.0), temos F.R. (forro rebaixado) em 100% do pavimento tipo, com direito a um EF (entre forro).

Quando definimos o P.P do pavimento tipo, definimos também a altura do degrau e a largura de sua  pisada da caixa de escada, que por definição deverá ser estendido a todos os outros pavimentos; e mais,  fixamos  uma limitação para o P.P. dos outros pavimentos (P.Px), como sendo P.Px ≤  P.P (pavto tipo) + 4 degraus, onde cada degrau ~ 17 cm.

Isto faz com que os P.P’s fiquem inseridos em um modelo de cimbramento econômico e que não serão  utilizadas torres metálicas para o cimbramento dos pavimentos, pois são caras e de baixa produtividade, isso resulta num prazo maior na conclusão destes pavimentos.

Quanto ao alinhamento vertical, ele é importante tanto na lâmina quanto no núcleo central, ambos devendo partir da fundação até o pavimento cobertura, e o núcleo central até o ático, evitando seu desalinhamento. Com isso se consegue uma rigidez muito importante para a estabilidade e a viabilidade do seu projeto.

Simetria simples e cruzada / Compacidade

 Quando se fala em simetria e compacidade do pavimento tipo, mais uma vez estamos nos referindo a lâmina e ao núcleo central.

No caso da lâmina, estamos tratando de duas tecnologias diferentes de fachada, paredes de concreto e/ou fachada panelizada, onde o alinhamento das paredes externas (compacidade) é fundamental para a viabilidade deste tipo de fachada, pois não combina com requadrações e coisas do gênero.

É importante salientar ainda que o volume e a movimentação das fachadas (paredes de concreto), são conquistadas através de um estudo artístico, em estilo concretista (cores dispostas em Pixels) desenvolvido por um profissional especializado (arquiteto).

E por último, destacamos que na R 3.0, a pintura desempenha o papel de um escudo protetor das fachadas, onde a garantia oferecida, também chamada de garantia condicionada é de 9 anos.

Realidade 3.0

Créditos: Divulgação.

Quanto ao núcleo central, seguem as mesmas orientações e a sua compacidade deverá ser observada no núcleo pois este alinhamento está muito ligado a estabilidade do conjunto de lâmina + núcleo central.

Em relação a simetria simples e cruzada, tanto da lâmina quanto do núcleo, estas orientações estão intimamente ligadas a otimização e o aumento da produtividade na utilização e o manuseio das formas e painéis do concreto, ajudando na viabilidade financeira do conjunto (pavimento tipo).

Transição condicionada

A transição é permitida, desde que seja limitada a um giro de pilar, mantido seu CG (centro de gravidade) e limitando a altura dos blocos

a valores < 0,60 m, e desde que não se altere o P.P estabelecido ao Pavimento.

Não se iludam, uma transição pura, gasta 3 x mais (concreto, forma e ferragens) e pelo menos 5x mais prazo (ciclo do pavimento tipo), sendo preferível abandonar este tipo de solução.

Lançamento estrutural, padrão laje cogumelo (sem vigas)

O modelo de lançamento estrutural preconizado na R 3.0 é laje cogumelo, ou seja, uma estrutura sem vigas, sendo válido tanto para o pavimento tipo (torre), quanto ao embasamento.

E um item fundamental na viabilidade deste tipo de estrutura é a adoção de FR, permitindo conseguir esp. médias bem econômicas face a utilização de capiteis ao redor dos pilares que podem ser camuflados no entre forro, permitindo-se a redução das espessuras; do contrário teríamos espessuras superiores a 20 cm;

É importante destacar também que as vedações utilizadas são leves, vedação dry (30 kgs/m2), contrastando com as pesadas da C 2.0 (200 kg/m2) de alvenaria.

Outro dado importante é a eliminação do contra piso aderente (esp. média > 40 mm); mas é importante limitar a deformação das lajes no pavimento tipo.

No cálculo estrutural dos dois sistemas a adoção de vedação dry permite dimensionamentos mais econômicos face a maior amplitude de aceitação de deformação nas vedações dry e refletindo a um menor volume de concreto, consequentemente mais leve.

Tudo isso, permite se obter uma espessura média nas lajes cogumelos, < esp. média de uma estrutura convencional, outra grande quebra de paradigma.

Finalizando: se levarmos em consideração a redução do peso próprio da estrutura, com a redução das vedações e a eliminação do contrapiso (sobrecarga burra), as reduções no pavimento tipo podem chegar a 0,20t/m2.

Isto quer dizer se tivermos um pavimento tipo de 700 m2 com 20 pavimento, a redução de peso pode atingir: 700 m2 x 0,20 t/m2 x 20 pavimento = 2.800 ton., com reflexos além das fundações as armações e o vol. concreto do pavimento tipo; convido vocês a pensarem nisso!

Vazios no pavimento não permitido

Vazios são mortais para o lançamento estrutural no modelo laje cogumelo; sendo assim, não se admite este procedimento.

No próximo artigo, iremos discorrer sobre o DNA dos sistemas construtivos que considero como sendo a relação entre o histograma e o prazo de conclusão da obra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.