Imagem: Divulgação _Penetron’
O retrofit de edifícios tem se tornado uma solução estratégica nas principais cidades do Brasil, especialmente diante da necessidade de modernização das infraestruturas urbanas sem a necessidade de novas construções. São Paulo e Rio de Janeiro, como grandes centros urbanos, têm liderado esse movimento com políticas públicas que incentivam a revitalização de edifícios antigos, visando a sustentabilidade, a eficiência energética e a preservação do patrimônio histórico.
Em São Paulo, a prefeitura implementou programas que oferecem benefícios fiscais, como isenção de IPTU para projetos que envolvem o retrofit de edifícios localizados em áreas estratégicas da cidade. Esses incentivos fazem parte de um esforço maior para revitalizar o centro histórico e promover o uso eficiente dos recursos urbanos.
No Rio de Janeiro, além dos incentivos fiscais, a cidade tem investido em parcerias público-privadas para facilitar o processo de retrofit, especialmente em regiões turísticas e de grande valor histórico. Essas ações visam não apenas a modernização das edificações, mas também a melhoria da qualidade de vida dos moradores e a atração de novos investimentos para a cidade.
Essas iniciativas refletem uma crescente conscientização sobre a importância do retrofit como ferramenta para o desenvolvimento urbano sustentável, reduzindo o impacto ambiental das construções e prolongando a vida útil dos edifícios existentes.
Áreas de Incentivo ao Retrofit
São Paulo
Centro histórico: inclui áreas como a Sé, República e Anhangabaú, que são focos importantes dos projetos desse tipo. Esses locais estão recebendo incentivos fiscais para estimular a revitalização, com o objetivo de modernizar os espaços, sem perder o valor histórico, além de atrair novos negócios e moradores para revitalizar o comércio e a vida urbana.
Avenida Paulista e adjacências: a região é um dos principais centros financeiros da cidade e tem se beneficiado de projetos de retrofit que buscam modernizar edifícios comerciais, melhorando a eficiência energética e a acessibilidade. A modernização desses prédios ajuda a manter a competitividade da área, atraindo novas empresas e investidores.
Zona Leste: antigas áreas industriais, como Brás e Mooca, estão passando por transformações significativas, onde galpões e fábricas desativadas estão sendo convertidos em espaços residenciais e comerciais. Esses projetos contribuem para a revitalização e modernização da região.
Rio de Janeiro
Centro: o centro do Rio de Janeiro, que possui muitos prédios antigos, tem sido alvo de projetos de retrofit, especialmente aqueles que visam preservar o patrimônio histórico. O objetivo é modernizar as infraestruturas e atrair novos investimentos, valorizando a cultura e a história local.
Zona Sul: regiões de grande valor histórico e cultural, como Lapa e Glória, também estão sendo revitalizadas por meio de projetos de retrofit. Esses locais estão sendo modernizados para melhorar a qualidade de vida dos moradores e tornar a área mais atrativa para o turismo e o comércio.
Porto Maravilha: a região portuária do Rio, conhecida como Porto Maravilha, é um dos maiores projetos de revitalização urbana do país, e o retrofit desempenha um papel crucial nessa transformação. Edifícios antigos estão sendo modernizados para receber novas empresas, espaços culturais e áreas residenciais, transformando o Porto em um polo de desenvolvimento sustentável.
Construção e normas aplicáveis em projetos de retrofit
A execução de projetos de retrofit exige um profundo entendimento das normas técnicas e das particularidades estruturais dos edifícios existentes. Um dos grandes desafios nesse tipo de projeto é a compatibilização entre as soluções de modernização e as limitações físicas das construções antigas.
A conformidade com normas como a NBR 6118: 2014 (Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento) e a NBR 15575: 2013 (Edificações Habitacionais – Desempenho) é fundamental para garantir a segurança estrutural e o desempenho das edificações após o retrofit. Essas normas abordam desde os critérios de segurança e estabilidade até os aspectos de durabilidade e resistência ao fogo.
A seleção de materiais adequados é crucial. A impermeabilização e proteção das estruturas, por exemplo, requer o uso de tecnologias avançadas como os sistemas de cristalização capilar, que proporcionam maior durabilidade ao concreto, tornando-o mais resistente à infiltração de água e aos ataques químicos.
A NBR 15575 também estabelece requisitos para o desempenho térmico e acústico, essenciais em projetos de retrofit para melhorar o conforto dos usuários e reduzir o consumo de energia. O retrofit deve buscar soluções que atendam a esses critérios, mantendo ou melhorando as características originais dos edifícios.
Normas de sustentabilidade, como a ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental) e certificações LEED, são cada vez mais integradas aos projetos de retrofit. A escolha de materiais com baixo impacto ambiental e a adoção de práticas construtivas que minimizem os resíduos são práticas incentivadas e, muitas vezes, requeridas para a obtenção de certificações ambientais. Certificações como o “Environment Product Declaration (EPD)” apresentam a pegada de carbono do produto considerando todo o ciclo de vida.
Soluções para proteção e impermeabilização das estruturas de concreto em retrofit
A tecnologia de cristalização integral do concreto pode ser utilizada para aumentar a durabilidade do concreto existente nesse tipo de projeto. Na maioria dos casos, o cobrimento de concreto está abaixo do recomendado considerando a última revisão da NBR 6118. Se não for necessário aumento de seção das peças estruturais ou reforço, deve-se pelo menos melhorar a proteção contra umidade, carbonatação e cloreto do concreto.
A pintura com argamassa autocicatrizante PENETRON (Foto 1) pode ser utilizada com essa finalidade. A proteção contra agentes agressivos pode aumentar consideravelmente com esse tratamento. Por exemplo: se o cobrimento existente for de 1cm de concreto, com essa aplicação, a proteção passaria a um cobrimento equivalente de 3cm. Isso elimina a necessidade de executar uma nova camada de 2cm de argamassa para atender a norma de concreto. Deve-se observar se haverá execução de argamassa de reboco e pintura posteriormente. Como a argamassa autocicatrizante promove uma reação de cristalização bastante concentrada na superfície inicialmente, recomenda-se realizar ensaios de arrancamento (pull off test) para verificar a aderência de argamassa de reboco.
Foto 1 – Aplicação de PENETRON manualmente.
Fachadas em concreto aparente têm sido incorporadas atualmente em obras de retrofit promovendo uma harmonia entre a tradição e a modernidade do empreendimento. Podem ser incorporados desenhos diferentes nas fôrmas como o ripado e também cores variadas do concreto. Em ambientes urbanos, há uma grande concentração de agentes agressivos na atmosfera e por esta razão é necessária uma proteção adicional do concreto exposto. Os silicatos modificados como o PENESEAL PRO têm sido utilizados por reagirem com a pasta de cimento e formarem um gel de silicato de cálcio hidratado nos poros e microfissuras em profundidade. Preservam a estética original do concreto e reduzem a permeabilidade em mais de 70%. São isentos de solvente e possuem certificações de sustentabilidade como o Green Label. O PENESEAL PRO tem vida útil de referência acima de 30 anos por ser de base mineral. (foto 2 e foto 4)
Para uma eficiência maior ainda nas fachadas de concreto aparente, pode-se aplicar um material hidrofugante base água chamado PENESEAL HYDROGUARD. Além de aumentar a proteção, preserva a estética do concreto aparente mesmo em períodos de chuva. O diferencial desse material é a durabilidade depois de aplicado. Diferentemente de outros hidrofugantes a base de silano e siloxano, reage com o cálcio do substrato e com o CO2 da atmosfera resultando em uma melhor fixação do produto ao longo do tempo. (foto 3)
Foto 2 – aplicação do Peneseal Pro. Foto 3 – teste do Peneseal Hydroguard após 72 horas
Foto 4 – ensaio de permeabilidade do Peneseal Pro e Peneseal Hydroguard.
As obras de retrofit também podem trazer ampliações dos edifícios e a construção de subsolos pensando na nova utilização, na nova demanda de pessoas, alterações de fluxo e estacionamentos. As novas estruturas de concreto podem ser concebidas com a incorporação de aditivos autocicatrizantes PENETRON ADMIX para aumentar a proteção do novo concreto (Foto 5). Além disso, esse concreto autocicatrizante é uma excelente solução para impermeabilizar as novas estruturas enterradas como ocorrem em cortinas moldadas in loco, cortinas em concreto projetado, poços de elevador e reservatórios de água e incêndio. Na maioria dos casos, os espaços são exíguos exigindo soluções técnicas já incorporadas ao concreto estrutural. É importante observar as interfaces ou juntas entre os elementos para obter a impermeabilidade desejada. A instalação de fitas hidroexpansivas PENEBAR SW nas juntas frias do concreto ou entre concreto e perfis metálicos é uma solução preventiva para esses casos. É fundamental para esse tipo de obra um projeto de impermeabilização que faça a compatibilização da estrutura com a arquitetura e com a drenagem.
Foto 5 – escavação sob prédio na Cidade Matarazzo, São Paulo. Execução de novas fundações e cortinas em concreto projetado com PENETRON ADMIX.
