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25º Evento Conexões tem ESG e Economia Circular como tema

No dia 28 de setembro, o C3-Clube da Construção Civil promoveu em sua sede a 25ª edição do prestigiado Evento Conexões, reunindo grandes players do setor da construção, em um ambiente de reflexão e diálogo sobre temas fundamentais para o futuro do setor.

Com o patrocínio Master da Tarkett, líder em soluções sustentáveis para revestimentos, o evento deste ano abordou questões cruciais sobre ESG e Economia Circular no mercado construtivo brasileiro. No início da manhã, os participantes foram recebidos com um requintado café da manhã, preparando-os para uma jornada de conhecimento e colaboração.

Seguindo a tradição, o presidente do C3-Clube, Rodolfo Zagallo, fez a abertura do evento falando um pouco mais sobre o core business do clube aos convidados estreantes, explanando, ainda, sobre a dinâmica do evento Conexões. Na ocasião, Zagallo usou parte de seu discurso para agradecer a Tarkett pelo patrocínio do evento, representada no dia pelo Gerente Regional de Vendas SP, Andre Carvalho.

Após o discurso de abertura, o host do evento e CEO da Space Plan, Marcos Saade, assumiu a tribuna, agradecendo ao C3 pelo convite para mediar o debate e parabenizando a iniciativa do clube em promover um evento sobre um tema de grande importância na atualidade, que é o ESG na construção civil.

Em suas palavras, Saade relembrou a criação da agenda 2030 em 2015 pela ONU, no qual se estabeleceram os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável para os países signatários, havendo ainda muito o que ser feito para serem alcançados, segundo o host do evento.

Dando início ao ciclo de painéis, o Engenheiro Ambiental e CEO da Upcycle, Dr. Diego Iritani, apresentou um panorama sobre o uso de recursos naturais pelos principais setores da indústria mundial, e como a incorporação da economia circular nesses segmentos poderiam colaborar para o enfretamento das mudanças climáticas e no uso racional dos recursos.

Focado nessa visão, Iritani explanou um pouco mais sobre as diferenças entre a economia tradicional, na qual o ciclo de vida do produto é linear, iniciando na extração dos recursos naturais e finalizando com o descarte; e a economia circular, onde o fluxo do produto é cíclico e se busca agregar e recuperar valor ao longo de todas as fases, com foco em regenerar e restaurar o produto, reinserindo-o e reiniciando um novo ciclo.

Segundo o Engenheiro Ambiental, a implantação desta lógica nas empresas está mais relacionada ao engajamento e quebra de paradigmas na equipe do que ao valor investido. Pequenas ações feitas por todos os agentes da cadeia produtiva (fornecedores, distribuidores, clientes…) geram mais resultados do que grandes ações que não mobilizam todos os envolvidos.

Ressaltando a importância das empresas definirem seu status atual, Diego apresentou importantes ferramentas de diagnóstico e planejamento, como o Diagrama Borboleta, que ajuda empresas à compreenderem como aplicar a Economia Circular em seus processos; e a ferramenta digital Rota de Maturidade, que possibilita uma análise automatizada, definindo o status da empresa dentro dos 4 nível de maturidade na economia circular.

Diego finalizou seu painel trazendo 3 cases de sucesso desenvolvidos pela Upcycle para grandes players da indústria alimentícia e têxtil, inspirando os presentes a pensarem em soluções mais sustentáveis para os processos de suas empresas.

Prosseguindo com a programação oficial, iniciou-se o segundo painel da manhã apresentado pela arquiteta especialista em Green Building, Camila Nagay, falando sobre a relevância dos selos verdes e certificações ESG dentro do mercado da construção civil.

Traçando uma linha do tempo desde as publicações dos códigos específicos sobre o assunto, chegando até o contexto atual das arquiteturas regenerativas e do conceito Net-zero, a arquiteta apontou como as medidas e mobilização da agenda ESG na construção civil vêm colaborando para redução dos impactos negativos da indústria ao longo do tempo.

Reforçando o discurso trazido no painel anterior, Nagay destacou o fato de como questões de governança e cultura exigem mudanças e comprometimento por parte das empresas, especialmente na realidade do Brasil.

Dentro desse contexto, o aumento considerável da contratação de auditorias para diagnóstico ESG nas empresas, mostra que as organizações vêm enxergando a agenda não apenas como um diferencial mercadológico, mas também como uma necessidade global.

Pensando nisso, os selos e certificações ESG se mostram como uma importante ferramenta paramétrica de diagnóstico e reconhecimento internacional para os empreendimentos e empresas que promovem ações visando o tripé Ambiental, Social e de Governança.

Segundo a painelista, os 905 empreendimentos certificados no país com o selo LEED da GBC, fazem do Brasil o quarto país com maior número de empreendimentos certificados no mundo, trazendo uma visão otimista sobre o posicionamento de sustentabilidade que as empresas brasileiras vêm adotando.

No terceiro painel da manhã, o Engenheiro Civil e diretor de suprimentos e ESG da Tegra Incorporadora, Angel Ibañez, apresentou um pouco do trajeto que a Tegra vem trilhando desde 2016 com foco na sustentabilidade.

Originadas a partir de discussões sobre a agenda 2030 de sustentabilidade da ONU, as ações ESG da incorporadora surgiram em 2016 com a criação de grupos de trabalho para diagnóstico e definição de metas baseado nos indicadores do questionário ETHOS.

Segundo o engenheiro civil, a análise desenvolvida na ocasião focou não apenas nas questões ambientais, mas também sociais e governanças (como a segurança de colaboradores e questões de tributárias). Ibañez ressaltou a importância de a iniciativa ter sido Top-Down, e como o referido diagnóstico foi essencial para definir planos de ações e metas a serem alcançadas.

Estando já no 2º Relatório GRI, Angel afirmou que a divulgação pública das ações feitas pela incorporadora, além de trazerem transparência para o mercado, clientes e investidores, também incentiva a empresa a se empenhar e se comprometer com o cumprimento das metas estabelecidas.

Neste tocante, a Tegra estruturou em 2021 sua estratégia de sustentabilidade alinhada com a Agenda 2030, batizada de Cidades Regenerativas e incorporando 4 grandes metas a serem alcançadas até 2030:

  • Impactos positivos na sociedade (com a meta de 2,4 milhões de pessoas);
  • Zerar o balanço liquido das emissões (reduzindo 50% das emissões diretas e compensar 110% das emissões residuais);
  • Impulsionar a economia circular (aumentando em 15% o uso de materiais de fontes renováveis e investir R$30 milhões em inovação)
  • Promover negócios mais transparentes (compartilhando valores com os Stakeholders).

Finalizando o ciclo de painéis, a patrocinadora Master do evento, Tarkett, trouxe por meio da sua Coordenadora de treinamentos e líder do Programa ReStart da Tarkett, Vanessa Costa, a exposição do exemplar trabalho que desenvolve através do seu programa de economia circular, ReStart, que realiza a coleta, destinação e reaproveitamento de sobras de pisos não contaminados.

Relatando um pouco sobre a história do programa no Brasil, a líder do ReStart relembrou que um dos desafios que enfrentaram no começo, em 2018, foi a necessidade de remodelar o programa, que já existia em outras unidades no mundo, para a realidade do nosso país.

Elemento de grande importância para a viabilidade do projeto, a logística foi um gargalo que demandou grande investimento por parte da Tarkett, assumindo todos os custos de transporte e frete do material a ser recolhido.

Percebendo a baixa adesão que o programa vinha tendo em seus primeiros meses, a empresa desenvolveu um programa de remuneração e benefícios para a incentivar a participação de revendedores e instaladores. Além de benefícios financeiros, a Tarkett criou o selo ReStart para revendedores que participassem do programa, sendo incluídos na lista de participantes no site da empresa.

Em apenas 5 anos de existência, o programa já realizou a coleta de mais de 135 mil toneladas de materiais, alcançando grande notoriedade, como à exemplo da recente publicação na capa do VALOR ECONÔMICO.

Sendo algo já inerente à cultura da empresa, Vanessa explicou que um dos principais motivos que conduziram o programa ao sucesso foi o fato da cultura de sustentabilidade já existir no DNA da empresa, sendo o ReStart apenas uma das diversas ações ESG que a empresa possui em sua atuação.

Após o término dos painéis que trouxeram insights valiosos sobre ESG e Economia Circular na construção civil, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar a discussão no ciclo de debates, onde puderam apresentar suas observações sobre o assunto e fazer perguntas aos renomados painelistas. Esse intercâmbio de ideias enriqueceu ainda mais o evento, promovendo a troca de experiências e o aprofundamento das questões discutidas.

Encerrando a programação do evento, todos os participantes foram convidados a descerem ao lounge térreo, onde desfrutaram de um delicioso brunch, fortalecendo ainda mais os laços e as conexões feitas ao longo do evento.

A 25ª edição do Evento Conexões, com seu enfoque em sustentabilidade e inovação, sem dúvidas deixou uma marca duradoura no setor da construção civil, inspirando empresas e profissionais a adotarem práticas mais conscientes e responsáveis em prol de um futuro mais sustentável e regenerativo.

 

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