A grande expectativa do mercado de saneamento era que com o marco regulatório do setor, assinado no ano passado, houvesse maior interesse das empresas em realizar estes investimentos.
O grande desafio foi com certeza o leilão da CEDAE, que trouxe expectativas e deu um direcionamento para outros munícipios lançarem seus projetos. No momento são 51 projetos no setor, com um investimento médio de 97 milhões de reais por projeto.
Alguns projetos têm maior relevância, como a DEMAE de Porto Alegre, cujo investimento supera a casa dos 13 bilhões de reais com contrato de 35 anos, mas ainda sem previsão para o leilão.
Já na região Nordeste, destaque para São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte. A cidade já contratou a estruturação de um processo de concessão com a Caixa Econômica Federal, com financiamento do Fundo de Apoio a Estruturação de Projetos (FEP) criado em 2017 e a licitação é aguardada para o início de 2022.
Outra cidade é Orlândia, no interior de São Paulo, onde a expectativa é que o leilão ocorra até o final do ano, também com contrato de 35 anos de concessão e mais de 93 milhões em investimentos. Lembrando que essa é a terceira tentativa de privatização do saneamento. As duas primeiras foram suspensas ou anuladas por problemas legais e técnicos.
Já o caso de Teresópolis, o projeto é desafiador porque a cidade está desde 1998 sem contrato com a CEDAE, que mantém um serviço precário e necessita de muito investimento. O valor orçado de R$ 476,9 milhões de investimentos é focado totalmente na infraestrutura. O projeto contempla a construção de quatro estações de tratamento, nove de bombeamento, 11 biodigestores e 367 quilômetros de rede de esgoto.
Com certeza estes projetos, assim como o da CEDAE, irão gerar interesse tanto para investidores internos como estrangeiros.
Vamos aguardar!