ESG – COMO E QUANDO?
Nestes últimos dias, seis manchetes na mídia chamaram minha atenção e me levaram a escrever este texto:
-Crescimento inesperado do PIB no primeiro trimestre / 2021;
-Exportação do agronegócio puxa o PIB;
-Seca e comodities puxam a inflação;
-Brasil perde água potável que abasteceria 63 milhões de pessoas;
-Governo Federal prepara MP para enfrentamento do racionamento de energia;
ESG: Agenda ambiental vira obrigatória.
Podemos observar que em todas as manchetes acima, a ÁGUA em suas múltiplas funções está presente. A quantificação desta afirmação pode ser encontrada em recente relatório IBGE / ANA, que informa:
“Para cada um real de acréscimo do PIB existe um consumo de 6,7 litros de água”.
Outra reflexão relevante é sobre ESG (Meio Ambiente, Inclusão Social e Governança). Parece que este tema deixa de ser apenas uma nova visão estratégica para as empresas conduzirem seus negócios e passa a ser uma questão crucial para a perenidade das corporações.
Destaque-se também a necessidade de responder uma demanda crescente da sociedade.
No meu entender, para que realmente as empresas adotem a visão ESG, falta entender que se não tivermos Segurança Hídrica, isso tudo, torna-se apenas uma ideia do mercado financeiro.
Hoje, infelizmente, no Brasil, temos que resolver algumas questões estruturantes, para então realmente falar do futuro do planeta.
O conceito de Segurança Hídrica, segundo a ONU, é “a capacidade de disponibilizar o acesso a água em quantidade e qualidade para sustentar os meios de vida, bem-estar humano, desenvolvimento social e econômico, além de assegurar a preservação dos ecossistemas em um ambiente de paz e estabilidade política”.
Abaixo, apresento algumas questões que precisam ser equacionadas para que nossos recursos hídricos garantam um crescimento sustentável a economia do país.
-Universalização dos serviços de água e esgoto;
-Política Nacional de Recursos Hídricos, alinhada aos planos de segurança da água para todos os sistemas produtores. Cabe ressaltar que ainda hoje estes planos são apenas recomendados, mas não exigidos;
-Consumo consciente da água;
-Eficiência na gestão dos operadores públicos ou privados, nos sistemas de água e esgoto.
Adoção de novas tecnologias que já estão disponíveis e comprovadas, como: dessalinização, reuso direto e indireto da água para fins industrial e potável.
Em resumo, temos ainda um longo caminho a percorrer, resolvendo os problemas do presente, antes de implantar uma nova agenda ambiental.