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Problemas estruturais no prédio mais fino do mundo

Problemas estruturais

Problemas estruturais no prédio mais fino do mundo. A construção de um edifício icônico sempre chama a atenção de todos, ainda mais quando esta obra é construída em Nova Iorque e traz o título de “prédio mais fino do mundo”. Mas o que poderia ser glamour se tornou dor de cabeça para os seus moradores.

432 Park Avenue é um arranha-céu residencial no centro de Manhattan e originalmente proposto para ter 396 metros em 2011, a estrutura chegou a 426 metros. Desenvolvido pelo Grupo CIM e dispõe de 104 apartamentos no condomínio. A construção começou em 2012 e foi concluída em 23 de dezembro de 2015.O edifício exigiu a demolição do Drake Hotel, com 495 quartos. Construído em 1926, foi comprado por 440 milhões em 2006 pelo desenvolvedor Harry Macklowe e demolido no ano seguinte. O terreno então tornou-se um dos locais de desenvolvimento mais valiosos de Nova York devido à sua localização, no lado oeste de Park Avenue.

O 432 Park Avenue é o terceiro edifício mais alto nos Estados Unidos e o edifício residencial mais alto do mundo. É o segundo edifício mais alto de Nova York, atrás do One World Trade Center e à frente do Empire State Building, mas apresenta problemas estruturais.

Mas morar em um “espigão” com 426 metros de altura não está sendo a melhor das experiências para aqueles que compraram apartamentos no 432 Park Avenue, onde os apartamentos custam atualmente entre US$ 10 milhões (R$ 54 milhões) e US$ 100 milhões (R$ 540,5 milhões).

De acordo com o “The New York Times”, o prédio projetado pelo premiado arquiteto uruguaio Rafael Viñoly tem apresentado uma série de problemas estruturais de uns tempos pra cá, como infiltrações e elevadores quebrados, típicos em obras mais baratas, mas raros em uma que custou mais de US$ 3 bilhões (R$ 16,2 bilhões).

Entre os descontentes, há desde multimilionários e bilionários pouco conhecidos do grande público a famosos como o casal Jennifer Lopez e Alex Rodriguez, que em 2018 desembolsou US$ 15,3 milhões (R$ 82,7 milhões) por um apê de 371 metros quadrados em um andar alto do 432 que acabou vendendo um menos de um ano por causa desses perrengues.

Vários outros residentes do arranha-céu, considerado o mais alto do mundo entre os residenciais, decidiram processar a construtora que o ergueu, mas em todos os casos há ainda muitas dúvidas sobre quem são os culpados em razão de edifícios dessa magnitude serem algo relativamente novo no concorrido mercado imobiliário dos Estados Unidos.

A escassez de grandes terrenos nas maiores cidades do país forçou os desenvolvedores a buscarem alguns “jeitinhos” para continuar construindo. Em NY, por exemplo, é possível comprar o “espaço aéreo” de prédios antigos a fim de construir sobre eles, o que por lá é comumente chamado de “zoning lot merger” (ou “fusão de zoneamento”).

Frise-se que o 432, além de altíssimo, também é considerado o prédio mais “magrinho” do mundo: sua altura à la “o céu é o limite” se contrasta com a largura de seu terreno, que mede míseros 18,1 metros de ponta a ponta, sendo essa a base de toda sua estrutura gigantesca.

Com certeza a construtora está a frente de um grande desafio, proporcional aos 426 metros de altura do edifício.

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