Sustentabilidade não é mais uma palavra da moda, é questão de sobrevivência, é repensar o planeta para os próximos anos e prova disso é o maior edifício de madeira da Islândia que será construído no aterro sanitário da capital Reiquiavique.
Os estúdios de arquitetura Jakob + MacFarlane e T.ark fizeram o projeto de uso misto, batizado de “Living Landscape” (“Paisagem Viva”, numa tradução livre) e está previsto para ser concluída em 2026, a construção ocupará uma área de 26 mil metros quadrados, mesclando moradias para estudantes, idosos e famílias, além de espaços de trabalho, creches e comércio local.
A ideia está entre os 49 projetos vencedores do concurso Reinventando Cidades, organizado pela rede global C40 de Grandes Cidades para a Liderança Climática para incentivar a transformação de espaços urbanos subutilizados em “faróis de sustentabilidade e resiliência” – e com isso ajudar áreas urbanas a cumprirem as metas do Acordo de Paris de 2015, minimizando as emissões de carbono.
O objetivo dos dois estúdios envolvidos no projeto é eliminar todas as emissões de carbono possíveis e fazer a compensação das que não possam ser eliminada. Parte disso virá do uso de uma estrutura pré-fabricada de madeira laminada cruzada.
“A construção reduz o carbono incorporado nas paredes externas em quase 80% em comparação com uma estrutura de concreto típica usada na Islândia. As emissões incorporadas (restantes) serão compensadas por meio da recuperação de áreas úmidas ou silvicultura, tornando o edifício efetivamente neutro em carbono”, afirma o estúdio.
Entre os outros materiais utilizados na construção estarão os Panoblocs, uma espécie de painel de parede pré-fabricado e isolado com exterior em madeira, que pode ser facilmente retirado e adaptado. Os altos níveis de isolamento e uso de sistemas de recuperação de calor residual e aquecimento de piso controlado por termostato também prometem fazer diferença.
Haverá um jardim no telhado ondulado e uma fazenda ao lado de um grande pátio central projetado como um parque comunitário para os residentes, incorporando uma mistura de pedras, água e plantas – onde se espera que insetos e pássaros apareçam para ocupar o local.
Uma excelente iniciativa que poderia ser replicada no Brasil que possui quase 03 mil aterros sanitários, sendo grande parte destes irregulares e com descartes diversos.
Fonte: Deezen