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São Paulo terá Hospital modular no bairro do M´Boi Mirim

São Paulo

O projeto conta com a parceria de cinco empresas e está em seu vigésimo terceiro de obra em São Paulo.

Em uma parceria inédita entre Tecverde e a Brasil ao Cubo (BR3), a cidade de São Paulo receberá um hospital permanente, construído com a tecnologia modular para atender aos casos de COVID-19 exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A obra será viabilizada pela Ambev, Gerdau e Hospital Israelita Albert Einstein, que farão a doação deste centro de saúde para a cidade. Os primeiros 40 leitos já estão operando desde 13/04, com apenas 20 dias do início da obra. O hospital ficará anexo ao M’boi Mirim, na zona sul do município. A Gerdau doará os perfis estruturais de aço, a Ambev arcará com os demais custos e os pacientes são assistidos pela equipe do Albert Einstein.

No artigo publicado em 14 de abril de 2020, pelo gerente de operações, da TecVerde, Felipe Basso, descreve a gestão do projeto, a rotina dos onze dias de fabricação dos módulos e aponta a maturidade da equipe como elemento chave para o sucesso da obra.

A construção

São Paulo

Construção do Hospital Campanha, bairro M´Boi Mirim, zona Sul de São Paulo. Créditos: TecVerde.

 Em relação à gestão de projetos, a equipe adotou uma solução técnica que viabilizou os prazos. A estratégia contou com uma parceria entre a Tecverde Engenharia e a Brasil ao Cubo, empresas brasileiras, que executam obras em diversos locais do país.

Na prática acoplam as paredes industrializadas da Tecverde nos chassis metálicos produzidos pela Brasil ao Cubo, os painéis de parede são produzidos na sede da Tecverde em Araucária-PR em uma linha automatizada já com revestimentos, esquadrias e parte das instalações. Em seguida, as paredes são acopladas à um chassi metálico com fechamentos em isopaineis produzidos pela Brasil ao Cubo em Tubarão-SC. Os módulos recém acoplados, ainda na fábrica da Tecverde, passam por mais 12 processos, entre eles: instalações, revestimentos, pinturas e acabamentos. E são posteriormente enviados em carretas especiais para a montagem final em São Paulo-SP.

“Para encarar o desafio de combinar essas tecnologias em um cronograma de 11 dias com um warm up de apenas 3 dias e um leadtime de 4 dias por módulo, foram criados cronogramas específicos, com análise individual, uma vez por turno, com participação de toda a equipe de gestão, o que nos permitiu identificar desvios com uma velocidade importante.”, descreve Felipe Basso.

São Paulo

Pela primeira vez na história da Tecverde, parte da equipe de engenharia trabalhou de forma remota. Créditos: TecVerde.

O gerente também afirma que o fato de a equipe ser extremamente madura, foi a condição fundamental para o cumprimento dos prazos.

Ao todo foram 25 engenheiros de diversas cidades e estados trabalharam de forma 100%. Em 11 dias finalizaram a produção dos 44 módulos – com 7 dias de antecedência.

Além disso, 3 dias depois do embarque do último módulo, a montagem em São Paulo já pode ser concluída e 2 dias após a conclusão da montagem, a primeira ala com 40 leitos permanentes já estava pronta receber seus primeiros pacientes.

 Estes módulos darão origem a quartos coletivos de 4 a 7 leitos, sempre com um banheiro acessível.

Outras ações que estão sendo importantes neste período de crise, entre elas a fabricação e doação de álcool em gel pela própria Ambev; a escola Miguel de Cervantes nas proximidades do Einstein que abriu 300 vagas para que os filhos dos funcionários do hospital tivessem um local adequado para ficar enquanto os pais trabalham; a rede manauara de lojas Bemol doou ao governo do estado um estoque de mil colchões e máscaras; e no Rio de Janeiro, onde pizzarias estão enviando refeições para profissionais da saúde, que chegam a trabalhar 24h por dia.

Um total de 100 leitos comuns serão entregues até 30 de abril.

Fonte: Site TecVerde.

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