Saiba quais são os principais cuidados na hora de executar pavimentos de concreto com pigmentos, principalmente com relação ao preparo da mistura e ao controle tecnológico.
Durabilidade e baixo custo de manutenção, aliados a um alto impacto estético, são motivos que levam à execução de pisos de concreto colorido. Com aplicações na pavimentação de áreas internas e externas, essa solução tem execução semelhante à de pisos de concreto cinza. No entanto, exige cuidados especiais sobretudo com relação à produção da mistura e ao controle tecnológico.
Confira algumas práticas fundamentais para uma execução bem-sucedida desse tipo de pavimento.
1) Selecione criteriosamente o cimento e os agregados

Se for trabalhar com cores mais escuras, pode-se utilizar o cimento cinza normal. Para cores mais claras recomenda-se o cimento branco, que deixa as cores mais vívidas. O cimento interfere fortemente na coloração do piso. Por isso, sua tonalidade (branco, cinza-claro, cinza-escuro) deve ser levada em conta na hora da formulação do traço. “Se for trabalhar com cores mais escuras, pode-se utilizar o cimento cinza normal. Para cores mais claras recomenda-se o cimento branco, que deixa as cores mais vívidas”, resume o geólogo Arnaldo Forti Battagin, gerente dos laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Embora qualquer cimento possa ser utilizado para a confecção de concreto colorido, é importante evitar o uso de marcas diferentes. Isso porque cada produto possui uma tonalidade específica em função do seu processo produtivo.
Os agregados também merecem uma análise cuidadosa. Afinal, há agregados claros e escuros, finos e grossos. Essas especificidades também influenciam a tonalidade final do concreto.
2) A dosagem é um fator crítico assim como ocorre com qualquer tipo de concreto

Além de interferir na resistência do concreto, a relação água/cimento também é um fator de variação de cor quando falamos em concreto colorido. Daí a importância de rigor com essa medida, que deve ser mantida dentro de limites restritos para garantir o resultado desejado.
Desde que atenda às recomendações do fabricante, o concreto colorido pode ser preparado no canteiro em betoneira.

3) A qualidade do pigmento interfere na durabilidade do piso
A escolha do pigmento tem grande impacto na qualidade do concreto colorido. O primeiro passo na hora de selecionar esse componente é decidir se será utilizado um pigmento orgânico ou inorgânico. Os pigmentos inorgânicos, à base de óxido de ferro e de cromo, são os mais utilizados. “A observação do concreto colorido exposto a diferentes condições climáticas e localizações tem mostrado que esses produtos garantem maior durabilidade e resistência”, diz Nitemar Vieira, gerente técnico de aplicações para América Latina na Lanxess.
Os pigmentos orgânicos, por sua vez, costumam apresentar desempenho inferior e exigir um consumo maior de material para obter a tonalidade desejada.
Há normas internacionais que estabelecem requisitos aos pigmentos usados na coloração de artefatos de construção. Vieira cita, como exemplos, a europeia EN 12878 – Pigmentos para a coloração de materiais de construção à base em cimento e/ou cal, e a norte-americana ASTM C 979 – Pigmentos para concreto integralmente colorido.
4) O preparo do contrapiso não pode ser negligenciado

O desempenho do piso de concreto colorido depende diretamente da qualidade do contrapiso. A recomendação é produzi-lo com 1 parte de cimento, 3 partes de areia e 2 partes de pedrisco. “O contrapiso deve possuir até 10 cm de espessura, lembrando que sua espessura vai depender do tipo de utilização do pavimento”, destaca Battagin.
Para bases já existentes, é necessário dar atenção à limpeza, livrando o contrapiso de gorduras, produtos químicos e pó.
Para evitar trincas e fissuras no piso, é necessária a execução de juntas, preferencialmente plásticas, a cada 1,5 x 1,5 m. “Além disso, com o contrapiso ainda no estado fresco, deve-se espalhar uniformemente uma nata (mistura de cimento e água) sobre a base já nivelada”, explica o especialista da ABCP, lembrando que, nessa etapa, pode ser utilizada desempenadeira de aço ou colher de pedreiro em movimentos circulares.
5) Cuidados com a queima e com a cura

Após o preparo da base, inicia-se a queima do piso, que deve ser feita sobre a superfície ainda úmida, pulverizando a mistura seca de pigmento e cimento de maneira uniforme. A espessura do acabamento não deve ultrapassar 2 a 3 mm.
“Também é preciso cuidado com o processo de cura, que deve garantir a superfície úmida pelo período necessário, bem como prever um anteparo para evitar a incidência dos raios solares e ventos”, salienta Battagin.
Concluída a cura, é possível aplicar verniz incolor ou acrílico como proteção mecânica.
Fonte: Site AECWeb
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Rodolfo Zagallo I Presidente C3 Clube