SindusCon-SP se reúne com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo (SMUL) para discutir propostas de atualização da Portaria Intersecretarial nº 05/SMSP/SEHAB/SMT/SNJ/2010, que regulamenta o uso de gruas de grande porte em áreas públicas da capital. Liderada por Yorki Estefan, presidente da entidade, uma comitiva foi recebida pela secretária Elisabeth França.
A norma vigente estabelece que, ao instalar uma grua, a lança não pode ultrapassar mais de 10 m além dos limites do terreno onde a obra está sendo realizada. Diante desse cenário, o SindusCon-SP tem defendido o aprimoramento da portaria, propondo que a norma permita ampliar o limite de avanço da lança, uma vez que a carga transportada permanecerá dentro dos limites da obra, mantendo a segurança desejada e possibilitando uma cobertura maior e até mesmo a utilização de mais de um equipamento por obra. Essa flexibilidade já é amplamente adotada em países mais desenvolvidos como alternativa à escassez de mão de obra.
Na prática, a modernização da portaria facilitará a operação desses equipamentos em áreas da cidade com alta verticalização e terrenos pequenos, como é o caso do centro da capital paulista, onde o espaço disponível para o posicionamento das gruas é limitado.
Yorki Estefan argumentou na reunião que as gruas são essenciais para a modernização da construção civil, especialmente diante da crescente industrialização do setor e da escassez de mão de obra qualificada. Esses equipamentos otimizam as operações nos canteiros de obra, elevam a produtividade e tornam-se indispensáveis em áreas urbanas densamente povoadas.
“Cidades do porte de São Paulo precisam alinhar-se às melhores práticas internacionais. O uso de gruas é temporário e seguro, com benefícios significativos: menos circulação de caminhões, impacto logístico reduzido, maior industrialização do setor e obras entregues com mais agilidade”, disse Estefan.
A secretária Elisabeth França recebeu positivamente as propostas e solicitou ao SindusCon-SP a apresentação detalhada das sugestões em uma nova rodada de conversas. A equipe da SMUL também propôs a criação de um sistema de licenciamento autodeclaratório. Nele, as empresas poderiam inserir dados diretamente em uma plataforma digital da Prefeitura, o que permitiria a liberação imediata dos equipamentos.
A agenda é considerada prioritária pelo SindusCon-SP, que destaca os impactos positivos de uma eventual atualização da norma: aumento da industrialização do setor, mais eficiência na entrega de habitações, contribuição no enfrentamento do déficit habitacional, geração de empregos e avanço no desenvolvimento urbano.
Com informações do SindusCon-SP