A primeira parte da negociação para as obras de restauro do Edifício Copan está finalizada. O projeto de restauração de fachada realizado pelo Instituto Pedra finalmente foi aprovado pelos órgãos responsáveis e a versão final será entregue até o final do ano. Procura-se parceiros.
O edifício que completa 70 anos no próximo ano, vem apresentando problemas típicos de patologia de fachada como infiltrações, queda de pastilhas, descaracterização e o mais perigoso, desprendimento de concreto, sem falar na exposição da armadura. Tudo isso é uma somatória de anos sem o trabalho de uma correta manutenção.
Passada a primeira fase, resta agora a busca por patrocinadores já que o edifício não dispõe de toda a verba estimada, o que pode adiar ainda mais o início. Um perigo já que em alguns pontos, como os pilares da fachada sul, apresentam maior grau de deterioração e riscos à população.
Apesar de ser reconhecido internacionalmente, o Copan só é tombado no âmbito municipal (desde 2012) e não há processo de preservação em estudo nas esferas estadual e federal (de acordo com a Secretaria da Cultura e o Iphan). Se por um lado facilita para conseguir a aprovação do projeto, por outro pode dificultar o acesso a verbas.
Com base no material e em avaliações próprias, o Instituto Pedra elaborou o projeto de restauro com medidas separadas entre urgências (a fim de garantir a segurança do edifício e dos moradores, funcionários e frequentadores) e de médio e longo prazo. Entre as de aplicação imediata estão a recuperação dos revestimentos da fachada e a impermeabilização da marquise.
O projeto também sugere a retomada do monitoramento anual das fundações. Isso porque o diagnóstico apontou que as fissuras na fachada principal possivelmente decorrem do já conhecido afundamento do edifício (problema identificado ainda durante a construção).
Outro ponto é a descaracterização cometida pelos proprietários dos apartamentos, que trocaram vidros por materiais completamente diferentes (coloridos ou foscos), retiraram cobogós, criaram janelas inexistentes, instalaram ar-condicionado sobre os brises e até fecharam áreas abertas com tijolos. Todas estas intervenções deverão ser revertidas em um projeto a médio prazo, já que ao todo, o edifício tem 1,6 mil apartamentos, além de lojas, uma antigo cinema e escritórios.
Outra indicação é a remoção das grades que envolvem a escada externa que dá acesso ao terraço. A indicação é a troca por uma estrutura com fechamento transparente, a fim de facilitar a visualização do projeto original.
A fase atual dos trabalhos é a de desenhos técnicos, quantificação de serviços e orçamento. A estimativa é de que as obras emergenciais levem de um ano e meio a dois anos, a depender da capacidade de investimento do condomínio e o edifício poderá funcionar normalmente durante os trabalhos.
Outro ponto que merece destaque é a entrega de um caderno de conservação e boas práticas, a fim de orientar os moradores do que é possível ou não realizar em termos arquitetônicos a fim de não alterar a fachada futuramente.
Clique no link e conheça um pouco mais sobre a história da construção do COPAN.
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