Os preços dos imóveis residenciais novos em dez capitais do país subiram em média 1,36% em setembro, ante um crescimento de 1,32% em agosto. Entretanto, no acumulado de 12 meses, esse crescimento segue desacelerando, passando de 15,14% em agosto para 14,68% em setembro.
Os dados são do Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), pesquisado mensalmente pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Em São Paulo, os preços desses imóveis subiram em média 1,62% em setembro, acumulando aumento de 15,11% em 12 meses.
Além de São Paulo, as capitais que registraram maiores percentuais de elevação em setembro, comparado a agosto, foram: Recife (2,20%), Salvador (2,01%), Porto Alegre (1,85%), Curitiba (1,49%) e Fortaleza (1,36%). Seguem-se Belo Horizonte (1,16%), Brasília (0,95%), Goiânia (0,68%) e Rio de Janeiro (0,19%).
Já no acumulado de 12 meses até setembro, além de São Paulo, registraram os maiores aumentos: Curitiba (16,54%), Salvador (16,32%), Brasília (16,08%) e Goiânia (15,06%). Na sequência vêm Rio de Janeiro (13,20%), Belo Horizonte (11,43%), Fortaleza (11,16%), Porto Alegre (11,12%) e Recife (8,83%).
Na comparação das variações acumuladas nos três primeiros trimestres de 2022 com os trimestres equivalentes em 2021, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia registram desaceleração no terceiro trimestre de 2022, porém apresentando um nível ainda superior ao da média nacional.
Na mesma comparação, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife registram aceleração, sendo que aquela do terceiro trimestre indica uma recuperação que aproxima seus valores acumulados aos das demais capitais, ainda que lentamente, principalmente no caso de Recife. Brasília, Curitiba e Salvador apresentam aceleração no terceiro trimestre, com as variações acumuladas acima da média nacional.
De qualquer maneira, os resultados ainda apontam ganhos reais para os preços dos imóveis residenciais no acumulado de 12 meses, levando-se em conta os três meses consecutivos de deflação registrada pelo IPCA.
Na análise da Abecip, a indicação do término do processo de aumentos na taxa de juros básica, o recuo da inflação, a retomada do nível de atividades com reflexos na recomposição da massa salarial, e a redução das pressões dos custos ligados aos insumos da produção devem assegurar a manutenção dos valores reais dos imóveis residenciais nos próximos meses, na medida em que a tendência de desaceleração nas variações nominais de seus preços parece acompanhar um arrefecimento das pressões inflacionárias no país.
Fonte: Assessoria