‘‘Personalizar não é mais um luxo, mas sim, sobrevivência no novo real estate.’’ É com essa frase que Bruno Loreto, Managing Partner da Terracotta Ventures inicia um dos seus artigos. Ou seja, a personalização imobiliária deixou de ser um diferencial estético para se tornar um ativo estratégico.
Para quem busca gerar mais valor ao produto final, a reflexão toca em desafios concretos do dia a dia. Entre eles, entregar empreendimentos que façam sentido para diferentes perfis de cliente, evitar reformas desnecessárias pós-entrega, cumprir metas ESG com eficiência e muito mais.
E não se trata apenas de tendências ou buzzwords. A personalização imobiliária representa uma nova lógica de mercado, na qual o imóvel deixa de ser um produto genérico para se tornar uma experiência valorizada.
Incorporadoras que entendem isso estão saindo na frente. Por isso, neste artigo, vamos explorar:
- Por que a personalização virou prioridade?
- Por que a personalização imobiliária é importante para incorporadoras?
- 4 razões estratégicas para investir em personalização imobiliária
Por que a personalização virou prioridade no mercado imobiliário?
Os futuros moradores e investidores não querem mais apenas adquirir um espaço. Agora, eles desejam viver uma experiência alinhada ao seu estilo de vida, valores e necessidades reais.
Logo, em vez de simplesmente construir bem, o desafio é construir com propósito e protagonismo do cliente. Isso significa antecipar preferências, reduzir desperdícios e elevar o valor percebido do imóvel desde a concepção do projeto.
“Entregar o que o cliente não quer virou o maior desperdício da incorporação tradicional.”
Ao ignorar as reais preferências do comprador, o setor gera retrabalho, reformas e frustrações. Tudo isso impacta o NPS, o custo da operação e a reputação da marca.
“Não basta mais construir bem, é preciso construir com propósito.”
A lógica da produção em série, ainda dominante, não acompanha mais o ritmo de um público que exige protagonismo, escolhas e imóveis com identidade.
“Personalização é o novo padrão.”
Não se trata de uma “opção a mais no portfólio”, mas de uma base para relacionamento e fidelização. Entre eles, ganhos de valor percebido e maior aderência ao ESG, especialmente ao pilar social, por colocar o morador no centro da equação.
Essa temática da personalização se alinha com a dissertação de mestrado no programa de Inovação na Construção (ConstruINOVA) da Escola Politécnica da USP: “Construção Modular e a Jornada do Cliente: Um Caminho para o Futuro da Construção.”
Essa dissertação ganhou o 1º prêmio no Prêmio CBIB de Inovação e Inovação de 2024, na sua modalidade.
Por que a personalização imobiliária é importante para incorporadoras?
A personalização imobiliária deve ser uma prioridade estratégica para incorporadoras que desejam se manter competitivas e relevantes diante de um novo perfil de consumidor.
Isso se alinha com o que já vem sendo apontado por consultorias globais como a McKinsey. Isto é, a experiência do cliente está associada à geração de valor e ao crescimento de receita.
Em sua pesquisa com 75 empresas globais, a consultoria McKinsey observou um dado expressivo. Entre 2016 e 2021, as empresas líderes em Customer Experience dobraram o crescimento de vendas em comparação com aquelas que ainda resistem a esse movimento.
Esse dado reforça uma mudança estrutural. A lógica da personalização e da centralidade no cliente é especialmente relevante no contexto da transição da Indústria 4.0 para a Indústria 5.0. Nesse novo paradigma, 3 dos 5 pilares centrais estão ligados à Experiência do Cliente. Ou seja, quem ignora essa demanda está ficando para trás.
4 razões estratégicas para investir em personalização imobiliária
Veja por que esse tema deve estar no centro da agenda de líderes de incorporadoras imobiliárias.
1. Diferenciação do produto no mercado
Em um setor cada vez mais competitivo, imóveis personalizados deixam de ser genéricos. Eles passam a ser percebidos como únicos, conectados com o estilo de vida e os valores de quem vai morar ou investir ali.
2. Melhoria da experiência do cliente e da reputação da marca
Oferecer escolhas e participação ativa na jornada de compra gera mais engajamento, confiança e fidelização. Isso impacta o NPS, a taxa de recomendação e o valor percebido do empreendimento.
3. Redução de retrabalho, reformas e desperdícios
Personalizar evita que o cliente precise reformar o imóvel recém-entregue. Isso gera menos resíduos, mais economia e maior alinhamento aos critérios ESG, sobretudo no pilar ambiental e social.
4. Personalização como alavanca de sustentabilidade e inovação
Além dos ganhos mercadológicos, a personalização é um aliado direto da agenda ESG, ao evitar recursos mal utilizados, obras desnecessárias e insatisfação dos compradores. O modelo tradicional, ao entregar unidades padronizadas e desalinhadas com a realidade dos moradores, incorre em custos financeiros e ambientais cada vez mais inaceitáveis.
Logo, incorporadoras que lideram esse movimento saem na frente ao:
- agilizar a adoção de práticas sustentáveis;
- fortalecer sua reputação diante de investidores e clientes;
- alinhar-se às diretrizes da construção industrializada e modular, como destacado na dissertação premiada no Prêmio CBIC de Inovação 2024.
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Diante de um consumidor mais exigente, consciente e conectado, a personalização imobiliária se torna uma estratégia. Logo, incorporadoras que colocam o cliente no centro de suas decisões colhem resultados concretos: mais vendas, menos retrabalho, maior aderência ao ESG e uma marca percebida como inovadora.
Ou seja, agora, a questão não é mais “se” vamos personalizar, mas “como” escalar esse modelo com inteligência, eficiência e impacto real.
Para transformar essa visão em ação, conecte-se aos líderes do setor, troque experiências e antecipe tendências que moldam o futuro da construção civil. O C3 – O Clube da Construção Civil conecta você aos líderes e às oportunidades.
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