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Investimentos imobiliários se diversificam no mercado

Investimentos imobiliários se diversificam no mercado

A transformação do setor imobiliário nos últimos anos tem sido impulsionada por uma série de fatores complexos e interconectados.  A diversificação dos investimentos em real estate é uma prova disso. 

Há 20 anos, algo como 80% dos investimentos imobiliários eram direcionados para classes tradicionais de ativos, como escritórios, residências e espaços comerciais. Esses setores dominavam o portfólio dos investidores devido à sua previsibilidade e segurança. Hoje, essa participação caiu para perto dos 50%, como explicam Andrew Baum e Valentina Shegoyan em artigo recente.

Mas para onde está indo o restante do capital investido no setor? Com a evolução das demandas do mercado e o surgimento de novas tecnologias, novas teses cada vez mais conquistam seu espaço no portfólio dos investidores. No dia a dia de quem respira essa realidade, isso significa que o mercado imobiliário está ficando mais complexo

Não se trata apenas de comprar e vender propriedades, mas estamos falando de uma gama completa de operações, tecnologias e modelos de negócios que estão redefinindo o setor.

Existem vários fatores catalisadores que impulsionam essa diversificação: 

Um exemplo é a tendência crescente de uma gestão mais participativa dos ativos imobiliários, junto com o surgimento de modelos de receita diversificados. Empresas como a Yuca e a Housi, que oferecem estadias flexíveis em apartamentos decorados e prontos para morar, ilustram bem essa tendência.

  • Além disso, a chegada e permanência de novas soluções e tecnologias desempenham um papel crucial. A Resale, que atua como um “outlet imobiliário”, e a Apê11, que utiliza IA para recomendar imóveis conforme o perfil e as preferências dos usuários, são exemplos notáveis;
  • As mudanças demográficas e de estilo de vida também são fatores determinantes para o surgimento de novos formatos imobiliários que atendem a essas necessidades. Como exemplo temos a Coliiv, que conecta pessoas por afinidade para morar de forma compartilhada;
  • Por fim, a sustentabilidade e a eficiência energética, a flexibilidade dos espaços para rápida adaptação às necessidades dos usuários e os modelos híbridos de gestão se destacam como influências essenciais para essa mudança.

E há, ainda, as teses emergentes que estão conquistando essa nova e relevante fatia dos investimentos. Entre elas, temos as teses de shortstay e construção offsite, que aparecem como grandes oportunidades para empresários e empreendedores do ramo. 

Com elas, abrem-se ainda novas possibilidades de estruturar negócios para potencializar a performance do ativo imobiliário, como por meio das estruturas em PropCo, tendência mundial que vem se expandindo no setor imobiliário brasileiro. 

Por fim, não é difícil concluir que o mercado imobiliário está se tornando uma arena cada vez mais competitiva e especializada. Diante desse cenário, é certo afirmar: os profissionais e empresas que souberem integrar tecnologia, estruturas de capital e serviços em torno de suas operações imobiliárias estarão melhor posicionados para capturar valor e liderar a próxima fase de evolução do setor. A provocação que fica é: como você está se preparando para isso? 

Fonte: Radar Terracota

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