Objetivo da medida é dar liquidez às companhias e empresas afetadas pelo impacto da crise do vírus.
Para dar liquidez às empresas pelo período limitado em que deve durar o impacto do coronavírus (COVID-19), sobre a economia, o governo estuda permitir o adiamento, por dois ou três meses, do pagamento dos tributos federais. No entanto, os valores que deixarem de ser recolhidos nesse período terão de ser pagos ainda em 2020, para que não haja prejuízo ao orçamento.
Essa é uma das medidas em estudo pelo Ministério da Economia para responder à crise. No entanto, ela não estaria madura para ser anunciada hoje, para quando o ministro Paulo Guedes prometeu divulgar novas ações para combater os efeitos econômicos do coronavírus. Não está decidido, por exemplo, se o diferimento será permitido para todas as empresas
“Vamos ajudar quem precisa de ajuda”, disse ao Valor o secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys. “Não vamos sair injetando dinheiro.” Ele coordena um grupo que se reúne a cada 48 horas para monitorar o andamento das medidas e eventualmente propor medidas ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
Conhecendo melhor como a crise afeta os setores será possível também direcionar os R$ 100 bilhões disponíveis no BNDES para novas linhas de crédito.
Ele acrescentou que o importante é manter o programa estrutural do governo. “Se já tivéssemos feito as reformas, estaríamos mais preparados”, disse. “Mas o estrutural não pode parar, porque precisaremos sair inteiros do outro lado.”
Outras fontes do governo apontam ainda que estão sendo estudadas iniciativas como possibilidade adicional de saque do FGTS e fomento ao comércio eletrônico, uma alternativa para esse momento em que pessoas estão menos propensas a ir á rua comprar. Em entrevista veiculada ontem pela CNN Brasil, Guedes afirmou ser contra desonerar o setor privado por meio de subsídios e desonerações para ajudar a minimizar o impacto do novo coronavírus.