Governo busca solução para o Aço. A questão do aço está se tornando o Calcanhar de Aquiles da Construção Civil. Para entender um pouco o cenário, o problema começou em abril do ano passado quando as siderúrgicas desligaram seus fornos.
Com o parque automotivo nacional em férias coletivas até pelo menos final deste mês, suspensão de lançamentos imobiliários, ausência de grandes projetos de infraestrutura e um mercado consumidor temendo pelo desemprego em massa, a demanda por aço no Brasil despencou fazendo grandes produtores iniciarem processos de desligamento de altos-fornos.
Pode parecer um processo simples para um leigo, mas para o mercado desligar um alto-forno é não só reduzir a capacidade de produção como também diminuir a oferta para o mercado interno e também mundial.
No momento que houve a retomada da economia e a China voltou a produzir, podemos dizer que todo o aço do mundo se voltou para o continente asiático.
Esta falta de matéria – prima num primeiro momento, levou agora a uma verdadeira corrida pelo melhor preço e a o prazo das entregas. Diversos setores foram bater na porta em Brasília alertando para esta questão, cada vez mais complicada.
Por isso está marcada para amanhã uma reunião entre o governo, siderúrgicas e clientes a fim de discutir medidas para melhorar o abastecimento de aço no País. O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, chamou os usineiros, representantes dos setores de máquinas e equipamentos, automotivo e eletroeletrônicos também foram convidados.
A reunião tem acontecido periodicamente desde o ano passado. Além do desabastecimento, o debate tem girado em torno da alta nos preços e dos prazos de entrega. Por enquanto, nenhuma decisão foi tomada, mas os construtores civis já pediram a redução de alíquota de importação para suprir a falta do produto. Após uma pesquisa, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) diz que a percepção da maioria das empresas do setor é a de não estar recebendo aço em quantidade suficiente.
O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, nega desabastecimento, diz que o problema pode estar localizado em pequenas e médias empresas que não conseguem encontrar o insumo em distribuidores. Além disso, o preço do aço tem aumentado no mundo inteiro.
O que todos esperamos é que a reunião traga bons frutos e resultados e não seja apenas mais um degrau para a solução do problema.
Vamos acompanhando!