Ontem o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) divulgou seus dados, passando uma visão de como o setor tem sobrevivido aos últimos meses e apesar de toda turbulência a Construção Civil continua a navegar por mares mais positivos.
O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 0,3 ponto, ficando em 96,1 pontos, após cinco meses consecutivos de alta. Em médias móveis trimestrais, o índice ficou estável ao variar somente 0,1 ponto. Dentre os setores avaliados temos algumas diferenças, enquanto para o setor de Preparação de Terreno houve uma queda no setor de Edificações o índice voltou a crescer, o que sinaliza que mesmo com a queda o mercado ainda está positivo.
Além deles outros índices nos ajudam a entender o mercado:
Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção aumentou 0,6 ponto percentual (p.p.), para 75,6%. O Nuci de Mão de Obra avançou 0,7 ponto percentual, para 76,9% e o Nuci de Máquinas e Equipamentos se manteve estável em 68,3%.
Destaque para outra questão que começa a ganhar relevância – a escassez de mão de obra qualificada, que recebeu 17,6% de assinalações neste mês, maior percentual desde março de 2015 (22,5%). “Ainda é um quadro distante do alcançado no último boom (maio de 2011), quando 48,6% das empresas indicaram problemas com a falta de mão de obra, mas é uma questão que já começa a preocupar às empresas e que está diretamente relacionada ao maior aquecimento do setor”, observou Ana Castelo.
Outro dado importante é o Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) que subiu 0,80% em outubro, ante 0,56% um mês antes, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre).
Este índice já acumula alta de 12,88% no ano e 15,35% em 12 meses, um número importante quando pensamos nos contratos já estabelecidos, tanto que o próprio Governo já entendeu o aumento do risco quando alterou as regras do programa Casa Verde e Amarela no mês passado.
De resto, vamos acompanhando os dados, faltam menos de 100 dias para o final do ano e tudo leva a crer que mais uma vez a Construção Civil será a responsável pelos melhores números da economia.