No dia internacional da mulher é importante destacar o crescimento da participação feminina no mercado da construção civil.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério do Trabalho e o Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) revelou que o número de mulheres atuantes na construção civil cresceu 13,78% em 2021, alcançando um total de 250.906 trabalhadoras.
Apesar da expansão considerável, a quantidade representa apenas 10,85% do total de mais de 2,3 milhões trabalhadores do setor, sendo importante haver ações mais eficazes no sentido de permitir que essa média se torna mais igualitária e proporcional.
Em termos políticos podemos apontar medidas como a proposta pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados com a PL 5358/2020 que em seu texto base pretende destinar 5% das vagas operacionais do setor para mulheres.
Apesar da grande relevância que medidas por parte do governo possam ter, é importante registrar a importância de a referida conscientização também vir de dentro do mercado.
Nesse quesito, empresas como a Tegra Incorporadora se apresentam na vanguarda ao propor programas como a “Mulheres da Tegra” que busca promover a igualdade de gênero, o debate e o empoderamento das mulheres na construção civil sob as diretrizes do Women’s Empowerment Principles (Princípios de Empoderamento das Mulheres) da ONU Mulheres.
Em entrevista ao C3 Talks, o Diretor de Suprimentos e ESG da Tegra, Angel Ibañez, compartilhou a parceria do programa com a ONG ACNUR oferecendo oportunidades de capacitação e emprego para refugiadas venezuelanas nacionalizadas nos seus canteiros de obras.
Sob essa mesma ótica vista no Mulheres da Tegra, percebe-se que parcerias entre a iniciativa privada e o terceiro setor tem somente a acrescentar no movimento de fortalecimento da mulher no setor da construção.
Exemplo que reforça isso pode ser visto no Curso de Auxiliar de Conservação e Restauração de Patrimônio e Edificações Históricas para mulheres promovido pela ONG Mulher em Construção em conjunto com o Estúdio Sarasá, de São Paulo, que, semelhante ao promovido pela Tegra, tem como foco não apenas capacitar tecnicamente, mas também oferecer oportunidades de trabalho nessa área.
Segundo a organização não governamental responsável pelo curso, para participar do projeto, “As exigências efetivas são querer aprender, mostrar interesse em atuar em intervenções nos bens culturais, ter vontade e comprometimento com o trabalho a ser desenvolvido em fachadas históricas, em seus elementos construtivos e artísticos”.
Apesar de ainda modesta, os dados de 2021 da RAIS do Ministério do Trabalho demonstram ser inegável que com muita luta e resistência ao longo do tempo as mulheres vêm ganhando destaque na cena nacional do setor da construção.