A geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos é hoje uma importante ferramenta para reduzir a demanda por eletricidade no País, sobretudo nos horários de pico, entre 11h e 18h. A tecnologia é estratégica no atual cenário de crise hídrica enfrentada pelo Brasil.
O aumento do risco de racionamento levou o Governo Federal a acionar todas as termelétricas fósseis disponíveis no País, mais caras, poluentes e que têm elevado a conta de luz dos brasileiros com a bandeira vermelha, agora no seu nível mais elevado e caro.
Adicionalmente, o Brasil ficou mais dependente dos países vizinhos, pois passou a importar energia elétrica não apenas do Paraguai, mas também da Argentina e do Uruguai, pagando caro pela energia gerada fora do território nacional.
A avaliação é do presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Segundo o dirigente, a energia solar gerada pelos próprios consumidores, com 5,8 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar, já representa um terço da capacidade de Itaipu e fornece eletricidade limpa e barata justamente nos horários de maior demanda, aliviando a operação do sistema.
“Metade de toda a capacidade da geração própria de energia solar do Brasil foi instalada em 2020, com investimentos diretos dos consumidores e da sociedade, sem depender de recursos do governo. Isso demonstra a agilidade e resiliência desta modalidade, que está ajudando muito o Brasil em plena situação de crise hídrica, pois gera uma energia elétrica competitiva, sustentável e que não depende de água”, explica.
“Como a energia é gerada junto ou próximo ao local de consumo, ela não usa as linhas de transmissão e ajuda a desafogá-las, além de reduzir as perdas elétricas e de economizar água dos reservatórios das hidrelétricas. Também fornece eletricidade sem emissões de poluentes, nem de gases de efeito estufa”, acrescenta Sauaia.
Para a entidade, o Projeto de Lei (PL) nº 5.829/2019, que cria o marco legal da modalidade, fortalecerá a diversidade e segurança de suprimento elétrico do Brasil, aliviando ainda mais a pressão sobre os recursos hídricos, reduzindo a dependência das termelétricas fósseis e da importação de energia e contribuindo para a redução da conta de luz de todos os consumidores.
“Desde 2019, a fonte solar fotovoltaica já é a opção mais competitiva do País. Ela também tem rápida implementação, seja em grandes usinas ou na geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos”, aponta o presidente executivo da ABSOLAR.
Toda crise traz consigo uma oportunidade e o mercado já responde a esta nova demanda. Seja através de linhas de crédito especiais que os bancos abriram para atender este novo anseio do consumidor, seja através de produtos para construção civil, como telhas fotovoltaicas.
Novos tempos, novas realidades!
FONTE: Assessoria de Imprensa