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Covid-19 e taxa Selic impactam mercado imobiliário

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Queda da taxa de juros Selic, oferta de crédito barato e carência estendida animam setor.

O mercado imobiliário começou o ano de 2020 com dados animadores. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as projeções de vendas e a expectativa do setor apontavam crescimento de 3%. A pandemia do novo Coronavírus mexeu com o segmento, mas o cenário brasileiro não é tão pessimista.

Pesquisa feita pela Associação Para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT Brasil) mostra que 45% das pessoas que tinham intenção de comprar uma casa ou apartamento no período que antecedeu a chegada da Covid-19 ao Brasil desistiram momentaneamente da aquisição, diante das incertezas do período.

No entanto, 55% mantém o desejo de comprar o imóvel próprio; o que traz um cenário de otimismo – devido às características do momento – e de oportunidade para as empresas da construção civil.

Atrativos

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A análise mostrou que alguns fatores podem acalmar o mercado, como a disponibilidade de crédito barato. No início de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, de 3,75% para 3% ao ano, nova mínima histórica.

Outras novidades que devem influenciar o setor são o prazo de carência de seis meses para financiamentos de imóveis novos, anunciada pela Caixa Econômica Federal, e o montante de R$ 43 bilhões destinados aos programas de crédito imobiliário.

“Esse tempo de carência para pessoas e empresas devem ajudar a manter o emprego de 1,2 milhão de trabalhadores na construção civil”, conta o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

É preciso se diferenciar

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Mesmo em cenários conturbados, há quem busque alternativas para driblar os problemas. “Quem agregar valor ao cliente, mantê-lo ativo com informações, novidades e segurança em todas as negociações terá a preferência do consumidor quando a economia voltar a funcionar normalmente”, explica a advogada especialista em Direito Imobiliário, Morgana Borssuk – sócia do escritório Borssuk & Marcos, em Curitiba.

Como a transação de um imóvel costuma demorar alguns meses, o reflexo nas vendas pode não ser tão ruim. “A construção civil pode ser o alicerce para não deixar a economia do país afundar. Se neste momento for preciso dar um ‘pause’, quando colocar um ‘play’ o setor vai sair na frente”, diz José Carlos Martins, presidente da CBIC.

Tour virtual

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Outra facilidade que pode manter os negócios em movimento envolve as soluções digitais. Anúncios de qualidade, fotos profissionais, sistemas digitalizados dentro das imobiliárias e acessíveis na palma da mão dos corretores dão agilidade aos trabalhos e facilitam a vida do consumidor.

“Neste momento de isolamento social em que as visitas presenciais se tornam cada vez mais raras, é fundamental estar conectado aos possíveis clientes, usar a tecnologia e redes sociais para mostrar as novidades, os diferenciais de cada imóvel, as tendências do mercado e oferecer prestação de serviço em vez de sufocá-los com tentativas de negócios”, destaca a advogada Morgana.                                                                

 Tempo para recuperação

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Segundo o estudo da ADIT Brasil, 86% dos entrevistados pretendiam investir no ramo imobiliário em 2020 antes da chegada da pandemia. Agora, 53% acreditam que o mercado se recupere dos efeitos da Covid-19 entre seis a 12 meses.

Nesse contexto, percebe-se que a intenção de compra do consumidor foi afetada, pois todos estão vivendo um novo momento e aprendendo com isso. “Por outro lado, ainda que leve alguns meses, as aquisições de imóveis permanecem no desejo de compra do brasileiro que possui uma tradição muito grande quando o assunto é casa própria”, aponta Morgana.

Pedro Guimarães também informa que o banco poder estender prazos e flexibilizar medidas, se a crise se estender. A Caixa vai agir e reagir à crise. “Se a situação ficar mais grave, poderemos sim ampliar as linhas de crédito”, finaliza.

Fonte: Site Grupo3a

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