A a 27ª Conferência do Clima da ONU (Cop 27), realizada esta semana no Egito, não trouxe dados positivos para a Construção Civil quando falamos de sustentabilidade.
O relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) durante a COP 27, constatou que o aumento da construção civil provocou uma alta histórica na emissão de carbono em todo o planeta.
Com o resultado, a entidade prevê que o setor não conseguirá cumprir as promessas de descarbonização até 2050, estipulados no Acordo de Paris — um tratado global, adotado em dezembro de 2015 por uma série de países, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21). O acordo propõe medidas de redução de emissão de dióxido de carbono e tem como objetivos fortalecer a resposta à ameaça da mudança do clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos gerados por essa mudança.
Por meio desse acordo, os governos se comprometeram em agir para manter o aumento da temperatura média mundial abaixo dos 2 °C em relação aos níveis pré-industriais e em empenhar-se para limitar o aumento a 1,5 °C. Para tanto, os países apresentaram planos de ação nacionais abrangentes para reduzirem as suas emissões.
Desde o período crítico da pandemia, entretanto, o setor da construção civil registrou alta na quantidade de emissões. Ele foi, sozinho, responsável por 34% da demanda mundial de energia no período. O levantamento realizado pelo Pnuma apontou, ainda, que as emissões de CO2 pela construção cresceram 5% em 2021, sendo 2% maior que no pico pré-pandemia, em 2019. Essa energia é consumida na produção de cimento, aço e outros materiais para construção.
E no Brasil, como estamos?
Diversas construtoras associadas ao C3 já implantaram ações reais para tratar deste assunto e as principais iniciativas na área de sustentabilidade são:
Gestão de água: visa à economia e à reutilização da água. É sugerida a construção de pequenos blocos de concreto espaçados, que deem lugar para a água escoar e ser armazenada.
Energia renovável: fontes de energia alternativa que podem se tornar principais, como painéis solares, diminuindo o impacto ao meio ambiente e os gastos de quem mantém o imóvel.
Reutilização de materiais: em vez de descartar materiais que não foram usados em obras anteriores, é possível remodelá-los para uso em outras construções.
Materiais moduláveis: é possível iniciar uma obra com materiais reciclados, como plástico e madeira, para construir formas modulares. Além de serem reformados facilmente, eles diminuem o uso de concreto e aço, deixando de prejudicar o meio ambiente.
Inovações tecnológicas: uma delas é a modelagem 3D, que fornece uma prévia da execução da obra no local, evitando desperdícios e possibilitando testes antes de iniciar os trabalhos.
Focar em ações de sustentabilidade, mais do que importante para o mercado, são importantes para o planeta.