A COP 26, que teve sua reunião adiada no ano passado por conta da pandemia, será realizada na próxima semana em Glasgow, na Escócia. O evento organizado pela ONU reunirá 196 países além de membros do setor empresarial e de combustíveis fósseis, ativistas e grupos com interesses nas questões climáticas.
O objetivo deste ano é discutir os planos a descarbonização do planeta e ações efetivas que ajudem a controlar o aumento de temperatura do planeta.
Uma das pautas envolve o setor da Construção Civil, considerado pela PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) como responsável por 36% do consumo de energia, 38% das emissões de carbono e 50% do consumo de recursos naturais durante todo o ciclo de produção.
A redução das emissões de carbono pode ocorrer pelo plantio e recuperação de florestas e pela captura e armazenamento direto do ar (DACS) por exemplo. Tijolos, ferragens, madeiramento, cerâmicas diversas.
Outra questão é o processo de construção. Demolir e construir a partir “do zero” há muito deixou de ser sinônimo de desenvolvimento urbano e progresso. A mudança de mentalidade foi iniciada ainda no século passado, quando as primeiras conferências internacionais sobre o desenvolvimento sustentável definiram as diretrizes rumo a um compromisso transgeracional no qual o planeta Terra seguirá saudável e sustentável para o uso das futuras gerações.
Em época de escassez de recursos e falta de dinheiro, é preciso repensar hábitos e comportamentos. No Brasil, o investimento na produção de conhecimento, ciência e pesquisa visando a reutilização dos resíduos e entulhos originários da construção civil é insignificante frente à possibilidade de ganhos concretos ambientais, sociais e econômicos quando reincorporados ao processo de produção. Já o entulho proveniente da construção civil representa aproximadamente 31% dos resíduos locais de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, por exemplo.
Novos tempos pedem novas atitudes!