A intenção de compra no mercado imobiliário está praticamente equivalente ao cenário pré-coronavírus( pré-Covid-19), segundo estudo realizado com players do setor pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.
O índice estima o desejo de consumidores ao pensarem sobre a possibilidade de aquisição de imóvel nos próximos dois anos e, de acordo com esse parâmetro, 40% dos consultados da pesquisa qualitativa que ouviu 689 pessoas manifestaram a vontade de adquirir apartamentos ou casas novas. Desses, 32,5%, inclusive, já estão no mercado à caça de oportunidades.
Com isso, a intenção de compra atual está perto de retornar ao patamar pré-pandemia, em março, quando o indicador estava em 43% em fevereiro. Entre julho e agosto, houve um aumento de 60% na intenção de compra, passando de 25% no sétimo mês para 40% no oitavo. O avanço maior se deu entre o público com renda entre R$ 7.875,01 a R$ 13.492: 38% antes da pandemia, 40% em agosto.
Já entre regiões, a única do País que registrou aumento na intenção entre o momento anterior à chegada do Sars-Cov-2 ao Brasil em agosto foi o Nordeste, com 41% em março e 46% cinco meses depois.
Mas o desejo de compra vem junto com novas exigências por parte dos consumidores, já que 15% dos entrevistados apontaram que o isolamento interferiu no estilo de imóvel desejado. Por exemplo, 19% responderam que não comprariam um imóvel sem varanda. Na faixa de renda acima de R$ 13.492,01, 40% das pessoas disseram que a fase passada em casa alterou os desejos imobiliários.