O eixo de prédios empresariais da Marginal Pinheiros, na capital paulista, está ganhando musculatura na margem oposta do rio, do lado do bairro Butantã, próximo à Ponte Eusébio Matoso. A incorporadora SDI e a gestora de investimentos imobiliários Tellus estão lançando nesse pedaço o seu terceiro de quatro grandes projetos, que dão ao local o aspecto de uma mini Faria Lima, com fileiras de prédios de fachada espelhada.
O próximo empreendimento é um complexo com área comercial e residencial, avaliado em R$ 500 milhões, batizado de River South. Ao todo serão 32 pavimentos e 90 metros de altura. Na metade de baixo ficarão os escritórios, totalizando área bruta locável (ABL) de 23,1 mil m2 – ou seja, um polo comercial de porte médio. A estimativa é que esse pedaço do imóvel valha R$ 370 milhões e atraia investidores institucionais.
A metade de cima será reservada aos residenciais, com plantas de 35 m2 a 122 m2. O lançamento decorado ocorre neste fim de semana. O valor geral de vendas dos apartamentos é de R$ 130 milhões o residencial.
Fachada do novo prédio se assemelha a degraus
O novo prédio vai chamar a atenção na paisagem da marginal graças ao desenho da sua fachada em volumetrias distintas, como se fossem erguidos na forma de degraus. A arquitetura ficou por conta do escritório Perkins & Will.
O ‘lado de lá’ da Marginal Pinheiros ganhou visibilidade com o Edifício Pinheiros One, que foi a sede do Grupo Odebrecht até uns anos atrás. O imóvel foi desenvolvido por SDI e Tellus com o BV Empreendimentos, e vendido à construtora em 2010. Essa foi a primeira tacada das empresas na região.
A segunda tacada foi bem ao lado, com prédios River One, outro multiuso com lajes corporativas e residenciais. O lançamento ocorreu em 2019, sendo que os andares de escritórios foram vendidos no mesmo ano para a RBR Properties por R$ 420 milhões e entregues recentemente. O terceiro projeto é o River South, que está sendo lançado agora. E no terreno do lado, virá o quarto empreendimento, desta vez, um residencial, nos próximos trimestres.
Região é próxima de eixo empresarial da marginal
A escolha por esse trecho do Butantã tem algumas razões. O primeiro deles é que fica próximo do eixo empresarial da Marginal, tornando-se uma opção viável para empresas que precisam de espaço para suas áreas administrativas. Outro ponto é que fica a menos de 300 metros da estação de metrô Butantã, o que permite a construção de imóveis mais altos na região, segundo o Plano Diretor.
Outro fator importante ali é o desenvolvimento do Parque Bruno Covas, cujo primeiro trecho está sendo implantado entre as pontes João Dias e Cidade Jardim, graças à despoluição do Rio Pinheiros. A região contará com pista de corrida ao longo da ciclovia em um trajeto permeado por 50 pontos comerciais, entre cafés, restaurantes e lojas, além de áreas para skate e animais de estimação.
Fonte: Estadão