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Bom momento da construção sustenta os fundos imobiliários

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A alta foi sentida em negócios envolvendo o setor da construção civil no bom momento.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros (ABEMF), nos últimos dois anos o investimento em imóveis – compra, venda e locação, foi uma das negociações favoritas no mercado financeiro, um movimento de R$ 40 bilhões.

Através de investimentos realizados diretamente na Bolsa de Valores, clientes tem feito a compra de uma, ou mais parcelas, de papéis cujos lastros sejam imóveis.

Somados todos os recursos em posse destes fundos, há R$ 107 bilhões prontos para ser (ou já sendo) injetados no setor – aumentado a sensação de otimismo com a construção civil em 2020, para boa parte dos analistas.

A causa pode ser entendido pelos dados da construção, sobretudo, nas regiões Sudeste e Sul. Um exemplo é a cidade de Curitiba, que fechou 2019 com redução de 7% no estoque de apartamentos novos para venda em relação a 2018. O número de lançamentos na cidade bateu as 3.589 unidades residenciais, ante 2.598 no ano anterior. Os dados são da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).

Um movimento importante para a economia da cidade, que contratou 8% a mais de trabalhadores (com carteira assinada) em relação ao ano anterior, avalia o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR).

Ganhou destaque a taxa baixa da Selic (que é o índice básico de juros, no qual todos os negócios se orientam) que levou muitos investidores a migrarem seu dinheiro da poupança para os imóveis. A taxa, que já esteve em 14% há pouco mais de quatro anos, desceu a 4,25% ao ano. Sem rendimento, com o dinheiro “parado”, apostar na valorização de construções residenciais e comerciais se tornou muito mais atrativo, a compra de imóveis tornou-se alvo de investidores experientes e novatos.

Neste ano, por números setoriais, o fundo de investimento pode render mais valorização para investidores e mais dinheiro emprestado a incorporadores. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), no país, a construção civil deve gerar uma elevação no PIB na casa dos 2%.

Se isso acontecer, será a primeira vez em sete anos que o setor supera o PIB geral do país — projetado para ficar na casa do 1%.

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