Debate ocorreu durante o painel “Por que o BIM não está te ajudando ainda?”, realizado em 2 de dezembro (Créditos: Profit_Image/ Shutterstock)
Segundo especialistas, a metodologia tem custo mensal acessível, entre R$ 300 e R$ 1.200, o que equivale ao custo de um servente de obra, na prática
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou no início de dezembro o 92º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que recebeu palestrantes e debatedores reconhecidos nacional e internacionalmente para discutir temas da agenda estratégica do setor no Brasil, como economia, política, tecnologia e meio ambiente.
Um dos temas tratados no evento foi o uso do BIM (Modelagem da Informação da Construção) no desenvolvimento de projetos e na execução de empreendimentos. O método foi discutido durante o painel “Por que o BIM não está te ajudando ainda?”, realizado em 2 de dezembro.
Os debates foram conduzidos por Paulo Sanchez, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP e líder de BIM na Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); e por Dionyzio Klavdianos, presidente desta comissão.
Presente no painel, a engenheira de produção Marcia Codecco apresentou uma pesquisa que trouxe o custo da utilização do BIM como um dos principais fatores que dificultam sua disseminação pelas construtoras.
“Num cenário em que há 30% de desperdício de materiais e baixo uso de tecnologias modernas na construção civil, o BIM, que reduz custos e encurta prazos, entre vários outros benefícios, é uma inovação essencial à sobrevivência das construtoras”, destacou Marcia Codecco.
De acordo com a profissional, a metodologia tem custo mensal acessível, entre R$ 300 e R$ 1.200, o que equivale ao custo de um servente de obra, na prática.
Também presente no evento, o presidente do BIM Fórum Brasil, Wilton Catelani, concordou com a análise de Codecco sobre as resistências à disseminação da metodologia. Para ele, uma parte dos empresários da construção insiste em métodos conservadores de produção e resiste às mudanças, em geral por falta de conhecimento da modelagem.
Catelani destacou, ainda, a importância do trabalho colaborativo para que o BIM seja mais fomentado.
Fonte: AEC Web