Ontem o Copom divulgou a taxa SELIC, com aumento histórico de 1 ponto percentual, a maior elevação em 18 anos, colocando a SELIC em 5,25% ao ano.
Mas antes mesmo desta decisão, o mercado imobiliário já vinha acompanhando um novo posicionamento das instituições financeiras.
Afinal depois de uma longa temporada de corrida dos bancos para baixar os juros do crédito imobiliário chegou a hora do ciclo se inverter. Em julho, dois grandes bancos já haviam anunciado um aumento nas suas taxas de crédito imobiliário.
O Santander passou de 6,99% a.a. (ao ano) + TR (taxa referencial, atualmente zerada) para 7,99% a.a. + TR. Já no Bradesco, as taxas passaram a começar entre 6,9% a.a. e 7,3% a.a., a depender do relacionamento do cliente com o banco –antes, variavam entre 6,7% a.a. e 6,9% a.a..
A Caixa Econômica Federal – dona de dois terços do mercado de crédito imobiliário – e o Banco do Brasil também devem fazer movimentos na mesma direção, mas ainda não se manifestaram sobre o assunto.
A elevação dos juros do financiamento vai encarecer a parcela paga pelos mutuários em até 9%, aproximadamente. Um empréstimo de R$ 300 mil com prazo de pagamento de 360 meses no sistema de amortização constante (SAC) gerava uma parcela de R$ 2.529,57, com a taxa de 7% ao ano vigente até aqui. A partir de agora, essa parcela subirá para R$ 2.646,81 com taxa de 7,5% ao ano, ou R$ 2.763,54 com a taxa de 8% ao ano.
A curva futura de juros atualmente está em cerca de 9,17% a.a. para cinco anos e a expectativa é que ao longo dos próximos dois anos ainda haja um aumento das taxas de juros do crédito imobiliário.
Vamos aguardar os próximos movimentos!