O mercado imobiliário fechou o ano de 2022 com um aumento substancial nos preços dos aluguéis, segundo o índice FipeZAP+ que monitora o preço médio de locação de apartamentos em 25 cidades do país levantado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Conforme divulgado pela fundação, os alugueis de imóveis residenciais registraram uma alta acumulada de 16,55% no ano passado, quase o triplo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que fechou 2022 com 5,79%, representando um aumento real de 10,76% acima da inflação.
Surpreendendo não apenas pelo acúmulo acima do IPCA anual, o referido aumento se posiciona bem acima dos 5,45% cotados pela Fundação Getúlio Varga para o IGP-M, considerado pelos especialistas a “inflação do aluguel”.
Analisado com base na série histórica, o referido índice se destaca por ser o maior em 11 anos, abaixo somente de 2011 quando registrou crescimento de 17,30% em um panorama de recessão mundial.
Especificamente no contexto imobiliário da capital paulista, os aluguéis de residências tiveram um aumento de 14,63% com um custo médio de R$ 45,50/m², puxando para cima a média calculada entre todas as 25 cidades monitoradas que totalizou um custo de médio de R$ 36,65/m² registrado em dezembro de 2022.
O economista do DataZap+ Pedro Tenório, explica que o aumento considerável se deve principalmente devido ao aquecimento do mercado de trabalho no cenário pós pandemia somado ao repasse da inflação oficial para os inquilinos.
Segundo o especialista há uma expectativa de que o avanço nos aluguéis sofra uma desaceleração ao longo de 2023, considerando uma possível estabilização no PIB e nas ofertas de trabalho, vindo a acompanhar a taxa inflacionária do país.
Diante da perspectiva de pagar mais caro pela moradia, os analistas de mercado relembram que bons inquilinos normalmente têm vantagens na hora de negociar o reajuste com os proprietários e imobiliárias, por isso é sempre importante manter a adimplência possibilitando ainda buscar melhores condições de preço com pagamentos adiantados.