O IFIX completa este mês 10 anos de histórico. Da mesma forma que outros índices da bolsa, ele mede o desempenho de uma carteira teórica de ativos, sendo esta, composta pelas cotas de Fundo de Investimento Imobiliário (FII) listados nos mercados de bolsa e de balcão da B3.
Apesar da sua data de estreia ter sido em 2012, o cálculo de rentabilidade do índice incorpora valores desde o dia 30 de dezembro de 2010, dando um maior horizonte comparativo para o investidor do mercado de capitais de renda variável.
Os fundos imobiliários (FIIs) vêm caindo no gosto dos investidores que nunca aplicaram na renda variável, mas estão insatisfeitos com os baixos retornos na renda fixa. Isso porque costumam ser uma opção mais segura para quem deseja fazer a transição em busca de retornos melhores, já que historicamente costumam registrar a metade da oscilação presente no mercado acionário.
Vale destacar que atualmente, são mais de 300 fundos listados na B3, em sua maioria criados nos últimos dois anos.
Relatório divulgado pelo Santander avalia que neste período de 10 anos registrou retorno de 187%. A forte queda da Selic, do patamar de 14,45% para 2%, ajuda a explicar a valorização.
Analisando este número frente a outros investimentos no mesmo período, o desempenho do IFIX ficou em 2º lugar dentre os índices de renda variável no período, perdendo apenas para o dólar (211,9%) e ganhando do Ibovespa (71,9%) e do IMOB (1,5%). O desempenho também superou o do CDI nos 10 anos analisados, de 138,3%.
Para o investidor é sempre bom ficar atento a algumas dicas:
Como se trata de fundos imobiliários, é necessário ter um pensamento de longo prazo, assim como no investimento em ações. Além disso, é recomendável monitorar, além das oscilações das cotas, a distribuição de renda dos aluguéis. Os FIIs distribuíram de 3% (fundos de shoppings) a 7% (fundos de recebíveis) em dividendos no ano passado, em média.
Diante de um ambiente de incertezas, ainda que a vacinação em massa contra a covid-19 tenha acabado de começar no país, é consenso entre os especialistas que os chamados fundos de papel, formados por CRIs, continuem nos holofotes, já que são compostos por ativos mais resilientes a crises e costumam distribuir bons dividendos.
Fonte: Exame