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Dezembro é o mês do Saneamento

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O mês de dezembro terá uma sequência de leilões de saneamento básico, que poderão contratar R$ 8,3 bilhões em investimentos. Os principais projetos são os de Alagoas – os blocos B e C – e do Rio de Janeiro – o bloco 3, que acabou sem interessados na licitação de abril e agora volta a mercado após reformulação. Além deles, estão marcadas quatro concorrências de menor porte, de municípios como Teresópolis (RJ) e Goianésia (GO).

A principal expectativa é para os leilões em Alagoas e no Rio, que reúnem o grosso dos investimentos e deverão atrair os grandes operadores do setor.

Os projetos de Alagoas, que deverão ser licitados em 13 de dezembro, deverão ter forte competição – ao menos oito grupos chegaram a estudar os ativos. Serão ofertados dois blocos regionais. O lote B inclui 34 municípios nas regiões Agreste e Sertão, enquanto o lote C reúne 27 cidades no litoral e na Zona da Mata.

Ao todo, estão previstos cerca de R$ 2,9 bilhões de investimentos, ao longo de 35 anos de contratos. Vencerá a disputa quem oferecer o maior valor de outorga – os montantes mínimos são relativamente baixos, de apenas R$ 3,3 milhões para o bloco B e de R$ 32,4 milhões para o bloco C.

O Estado de Alagoas já tem uma concessão regional em curso, da região metropolitana de Maceió. Este primeiro lote foi licitado em setembro de 2020 e arrematado pela BRK Ambiental. Por isso, o grupo é visto como um forte concorrente – embora a companhia tenha tido participação mais contida nos últimos leilões.

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Crédito: Divulgação

Novos players

Além dos demais operadores tradicionais – Aegea Saneamento, Iguá Saneamento e Águas do Brasil -, é esperada a participação da Equatorial Energia, que fez sua estreia no mercado de saneamento em junho, ao vencer o leilão do Amapá com um lance extremamente agressivo.

Também há expectativa em torno de empresas que ainda não têm contrato, mas já participam de leilões. Na licitação do Amapá, algumas “novatas” já apareceram, como a Allonda, a Encalso e a Cymi (do grupo espanhol ACS, que atua em energia no país).

Para Mariana Saragoça, sócia do Stocche Forbes, o projeto de Alagoas foi bem modelado e traz melhorias em relação ao primeiro leilão. “Houve aprendizados. Por exemplo, a divisão de outorga com os municípios, que gerou questionamentos no último leilão, desta vez foi equacionada.” Ela avalia que a qualidade dos projetos, somada a valores não tão alto pode atrair novos entrantes.”

Fonte: Valor

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