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Como descartar máscaras, luvas e EPIs nas obras

EPIs

Conheça as recomendações do Seconci-SP para um descarte seguro. Nos canteiros de obras, máscaras, luvas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devem ser descartados sempre de forma segura, tenham ou não sido utilizados por pessoa com Covid-19 confirmada, ou suspeita de tê-la contraído. A recomendação é da dra. Norma Araujo, superintendente do Iepac (Instituto de Estudos e Pesquisas Armênio Crestana), do Seconci-SP (Serviço Social da Construção).

Segundo a médica, a máscara deve ser descartada em saco plástico, preferencialmente no lixo do banheiro. Ela chama a atenção para as disposições do Comunicado 17 do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo(CVS):

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Créditos: Divulgação.

  1. a) Nenhuma máscara deve ser descartada em lixeira ou recipiente reservado aos resíduos recicláveis ou ser destinada à reciclagem;
  2. b) As máscaras, assim como qualquer tipo de resíduo, não devem ser descartadas nas ruas, lugares públicos ou qualquer local ou recipiente que não seja adequado ao descarte de resíduos;
  3. c) Ao fim de seu uso, as máscaras devem ser imediatamente embaladas em um saco plástico fechado e vedado (embalagem primária) que deve ser descartado dentro de um segundo saco (embalagem secundária), aquele no qual são depositados os demais resíduos da residência ou do estabelecimento;
  4. d) Quando a máscara, devidamente acondicionada na embalagem primária, for descartada em recipientes (lixeiras) próprias para resíduos sanitários (papel higiênico, lenços descartáveis etc.), recomenda-se que estes tenham tampa e sejam forrados com saco descartável, devendo permanecer fechados em observância às boas práticas de higiene. Ao se remover os resíduos da lixeira, o saco que os contém deve ser bem fechado e descartado com os demais resíduos a serem dispostos para a coleta regular de rejeitos comuns, não recicláveis;
  5. e) Como alternativa ao descarte junto aos resíduos sanitários gerados no domicílio ou estabelecimento, as máscaras, devidamente acondicionadas na embalagem primária, podem ser descartadas diretamente na embalagem final (saco plástico para lixo) onde são acumulados os resíduos gerados no domicílio ou estabelecimento, desde que utilizado recipiente com tampa, mantido em ambiente de acesso restrito no aguardo da coleta domiciliar ou comercial;
  6. f) Recomenda-se que as máscaras, mesmo acondicionadas na embalagem primária, não sejam descartadas em lixeiras, com ou sem tampa, como as utilizadas em escritórios, cozinhas, ambientes privados ou públicos de permanência ou passagem de pessoas, inclusive as lixeiras existentes nas vias e logradouros públicos, devendo permanecer fora do alcance de animais, insetos e crianças bem como devem-se evitar situações que possam favorecer o acesso de catadores.

Quanto aos períodos de substituição das máscaras, a dra. Norma recomenda que eles sejam a cada 2 ou 3 horas (ou, quando úmida, antes disto), no caso de máscaras descartáveis, e a cada jornada de trabalho, no caso das PFF2.

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Créditos: Divulgação.

A médica reforça que os EPIs são de uso individual e não devem ser compartilhados. Ela recorda as dicas da área de Segurança Ocupacional do Seconci-SP para a higienização e conservação desses equipamentos:

Caso o EPI seja lavável, sempre realizar a lavagem com sabão neutro; não se deve usar álcool, ou outro tipo de produto químico, pois podem danificar o equipamento.

Seque o EPI na sombra, pois ele pode ser danificado quando exposto ao sol.

Tome cuidado para não derrubar o EPI durante a higienização, pois isso pode comprometer sua integridade.

Assim que utilizar o EPI, guarde-o corretamente em local seguro e livre de fatores potencialmente prejudiciais ao material do equipamento – como calor ou umidade.

Nunca guarde o EPI molhado ou úmido, pois ele pode criar mofo ou outras bactérias.

Nunca misture o EPI com o seu vestuário.

Jamais utilize os calçados de segurança sem meias; utilize pó antisséptico diariamente ao utilizar os calçados de segurança.

Cuidados específicos

Em relação a cada EPI, vale lembrar as informações específicas já divulgadas pelo Guia Orientativo da Construção:

Capacete: passe um pano úmido, ao final do dia, para retirar o excesso de sujeira. Caso esteja trincado ou sem a fita não o utilize e solicite novo capacete ao responsável pela entrega de EPI;

Óculos: ao final da jornada pode lavá-lo com sabão neutro ou detergente. Não utilize se estiver embaçado ou trincado e ao lavar não utilize esponja, apenas suas mãos. Seque com papel toalha ou toalha macia;

Respirador: passe pano úmido ao final do dia e seque com papel toalha ou toalha macia, troque os filtros sempre que necessário;

Calçado: deixe descansar no período que estiver fora do trabalho, na sombra. Pelo menos uma vez a cada quinze dias, lave-o e seque-o na sombra. Não utilize se estiver rasgado, furado ou danificado. Não utilize fora do trabalho;

Luva, mangote e perneira: lave ao final do dia com sabão neutro e deixe secar na sombra. Não utilize se apresentar estragos. Não utilize para outros fins fora do trabalho;

Protetor auditivo: lave ao final do dia para retirada de sujeiras e secreção do ouvido. Deixe secar naturalmente, na sombra.

Uniforme: apesar de nem sempre ser um EPI, os uniformes também devem ser cuidados para não prejudicar a saúde e integridade física dos trabalhadores. Lave-o sempre que necessário e não utilize o seu uniforme de trabalho, especialmente se for EPI (aventais, roupas térmicas, etc.) fora do ambiente de trabalho onde ele é obrigatório. Se apresentar danos, solicite a substituição.

Fonte: SindusConSP

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