Nos últimos dias temos ouvido falar muito sobre o tema sucessão. Fato que não é só para a Coroa Britânica que o tema é importante, por conta da sucessão ao trono, mas principalmente nas empresas.
Quem está no mundo corporativo sabe que muitas vezes este tema é bem delicado de ser debatido. Uns acham que pode trazer mau agouro, outros que vai começar uma série de ruídos no mercado que atua, podendo até mesmo ser prejudicial aos negócios, fato que sucessão é um assunto que precisa ser debatido.
Pesquisas apontam que a taxa de mortalidade das empresas familiares é alta no mundo, com cerca de 70% não sobrevivendo à segunda geração, apenas 10% à terceira e 3% à quarta.
E como evitar que isto aconteça?
O primeiro passo para tratar do tema, e assim como tudo que acontece no mundo empresarial, é trabalhar com planejamento. Esta é a chave do sucesso e grandes empresas familiares já vêm organizando o tema com há bastante tempo, buscando até mesmo o apoio de consultorias especializadas.
A sucessão familiar é o processo de transferência do controle de empresa ou de posição-chave para o herdeiro. Escolher quem será esta pessoa é principalmente dar tempo para que o escolhido possa adquirir as competências necessárias para o cargo e também o respeito de seus pares.
Como falamos anteriormente, a capacitação é fundamental e outro apoio necessário é de um suporte emocional. Afinal suceder alguém é algo de muita responsabilidade e contar com mentores durante a jornada pode tornar este processo mais leve.
Um dos principais fatores para o sucesso de um projeto assim é manter a Cultura Organizacional da empresa: suas crenças, valores e normas.
Assim como no Reino Unido, a empresa não pode perder o rumo por conta da alteração de quem está conduzindo o leme. Estes são elementos que influenciam o clima da empresa para as organizações e é responsável por guiar e alinhar os comportamentos dos funcionários no trabalho, mesmo após a saída de seu fundador, sendo um recurso estratégico que nos ajuda a definir como a empresa se posiciona e se diferencia no mercado.
Entretanto, por algum motivo, algumas famílias não querem continuar o legado de seu fundador e aí a opção nestes casos é realizar a venda para outro interessado. Fundamental neste tipo de transação é a família assegurar sua presença acompanhando o novo proprietário, seja por um período definido em contrato ou por uma cadeira permanente no Conselho de Administração, afinal existe toda uma história construída e que deve ser respeitada.