A construção civil vem passando por uma grande transformação com a adoção de sistemas industrializados, conhecidos como Plataforma 3.0. Esse conceito representa uma nova forma de planejar e executar obras, reduzindo desperdícios, aumentando a produtividade e garantindo maior controle de qualidade. Para que um projeto se encaixe nesse modelo, é essencial que o sistema construtivo seja bem estruturado, ou seja, que tenha diretrizes claras, processos padronizados e um método eficiente de execução.
Na prática, isso significa que cada etapa da obra precisa estar alinhada a um conjunto de protocolos previamente estabelecidos, armazenados em um sistema operacional específico. Na @lliance FBTECH, esse sistema é chamado SΩ 11, um conjunto de onze subsistemas que organizam desde a estrutura até os acabamentos finais.
O primeiro e mais relevante subsistema é a estrutura, que pode ser comparada ao “chassi” de um carro. Ela representa cerca de 30% do orçamento total da obra e inclui a tecnologia da fachada e o concreto armado. Outros subsistemas essenciais envolvem as vedações internas e forros rebaixados, instalações hidráulicas e elétricas, elevadores e revestimentos cerâmicos, que juntos correspondem a mais da metade dos custos do projeto. Além desses, há os sistemas de pintura, impermeabilização, esquadrias, portas, mármores e até mesmo a integração digital do empreendimento.
O papel da tecnologia na construção 3.0
O avanço da construção industrializada exige um nível crescente de inovação. O processador que impulsiona esse desenvolvimento é chamado na @lliance de D 4.G , um modelo de tecnologia dry (construção a seco) de quarta geração. Esse conceito implica que cada nova obra deve ser mais eficiente e apresentar menos problemas do que as anteriores. Ou seja, há um compromisso constante com a melhoria contínua.
Esse aprimoramento não acontece por acaso. Ele é conduzido por um conjunto de especialistas e desenvolvedores chamados DS 3.0, que analisam as falhas das construções anteriores e implementam soluções mais eficientes para os projetos futuros. Esse ciclo de inovação garante que o sistema construtivo esteja sempre evoluindo, adaptando-se às novas demandas do mercado e aos desafios de cada obra.
A origem do sistema construtivo também é um fator determinante para sua confiabilidade. No caso da @lliance, sua metodologia foi construída com base em mais de quatro décadas de experiência adquirida em empresas de referência como Gomes de Almeida Fernandes e Gafisa. Esse histórico permitiu consolidar conhecimentos sólidos em diversas áreas, como estruturas, revestimentos, impermeabilização e planejamento logístico.
A mentalidade por trás do processo construtivo
Para que um sistema industrializado funcione com excelência, é necessário adotar uma visão estratégica da construção, e isso envolve alguns princípios fundamentais. Um deles é o Lean Construction, um conceito que prioriza processos enxutos, eficientes e sustentáveis. Dentro dessa abordagem, o canteiro de obras é considerado um chão de fábrica, onde cada etapa precisa ser planejada como parte de uma linha de montagem. Isso evita desperdícios e otimiza a produtividade.
Outro princípio essencial é a visão sistêmica, que significa avaliar todos os impactos de uma decisão antes de implementá-la. Por exemplo, ao escolher o tipo de fundação para um edifício, não basta comparar apenas o custo das estacas, mas também os blocos de concreto que serão necessários para cada solução. Sem essa visão ampla, corre-se o risco de gerar problemas futuros na obra.
Além disso, algumas etapas são consideradas críticas e devem ser monitoradas, com foco total, a saber: varredura da laje (não temos contrapiso) / estação 1, check-list dos sistemas prediais (elétrica e hidráulica) / estação 4, check-list dos revestimentos cerâmicos / estação 7 e ao final dois check-lists do sistema de pintura, sendo um na estação 9 e o outro após a colocação das portas de madeira e do piso laminado, considerados mobília / estação 11.
Outro aspecto importante é a sinergia entre os subsistemas. Um exemplo disso é o revestimento cerâmico, que no modelo da @lliance já incorpora o sistema de impermeabilização, evitando retrabalhos e garantindo maior eficiência na execução.
Menos burocracia, mais eficiência
A evolução dos sistemas construtivos também exige um novo modelo de gestão. Para garantir fluidez nos processos, é fundamental reduzir a burocracia e adotar um método mais pragmático, especialmente nas atividades administrativas.
Outra diretriz essencial é garantir que cada subsistema opere em seu habitat natural. Isso significa que as instalações hidráulicas e elétricas, por exemplo, devem ser posicionadas dentro de forros e montantes, e não embutidas em paredes de alvenaria ou concreto, o que pode dificultar futuras manutenções. Da mesma forma, estruturas dry devem ser aplicadas sobre lajes planas, sem vigas, para garantir estabilidade e eficiência.
Para que isso seja possível, o segredo está na qualidade dos projetos. Não adianta tentar adaptar um projeto tradicional para a Plataforma 3.0 – ele precisa ser concebido desde o início dentro dessa lógica industrializada.
Ser diferente para ser melhor
Mais do que simplesmente buscar competitividade, as empresas que atuam no setor de construção industrializada precisam se diferenciar. Isso significa pensar fora da caixa, adotar novas tecnologias e oferecer soluções inovadoras.
A busca pela diferença pode se manifestar de diversas formas, seja por meio de processos mais eficientes, tecnologias mais avançadas ou um nível de organização superior. O importante é que essa diferenciação gere valor real para o cliente e para o mercado.
No final das contas, não existe um sistema construtivo único e ideal para todas as situações. O mais importante é entender como cada método está estruturado, como ele incorpora melhorias contínuas e qual sistema traz mais benefícios para cada empresa e projeto. Com esse conhecimento, é possível escolher o modelo que melhor se adapta às necessidades da construção 3.0, garantindo eficiência, qualidade e inovação.