CONSTRUÇÃO CIVIL: Uma das soluções para o atual desemprego? Ao final de 2020 o setor apresentou sinais de aquecimento, segundo avaliações feitas pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
O ritmo da retomada poderia ter sido ainda maior caso não tivéssemos enfrentado escassez de insumos, entre outros: tubos e conexões de PVC, condutos elétricos, blocos cerâmicos e vergalhões.
Outro fato relevante é ter a consciência de que a indústria da construção civil emprega 10 milhões de pessoas e movimenta 9,8% do PIB.
Analisando os impactos da pandemia na ordem econômica e social do país, temos hoje 14 milhões de desempregados, em sua maioria jovens com baixo nível de escolaridade e oriundos de regiões desfavorecidas.
A questão que coloco para reflexão é: Como a indústria da construção civil pode contribuir para a redução do desemprego, principalmente em função da chegada irreversível do conceito “INDÚSTRIA 4.0” que certamente exigirá investimentos em formação e qualificação de recursos humanos. Infelizmente, a grande maioria desses desempregados não tem condições de acompanhar as exigências de conhecimento técnico fundamental para participar nesse novo momento.
De acordo com estudo desenvolvido pela PWC, a ausência de cultura digital e de treinamentos específicos são os grandes desafios para possibilitar a inserção das empresas do setor na “INDÚSTRIA 4.0”, problema esse presente em quase todo o mundo.
Como conclusão, posso dizer que não tenho resposta para a pergunta que fiz, pois cabe ao governo federal pensar em adequar as políticas públicas para que incentivem a capacitação, além do setor da indústria da construção civil, avaliar de forma mais ampla os benefícios inquestionáveis destas novas tecnologias, desde os seus canteiros de obra, impactando até a rentabilidade dos seus negócios.