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Paulo Oliveira

Aceleração da Industrialização: Importância da Pré-Construção, Fast Construction e BIM

A industrialização da construção civil está em franca aceleração, em resposta aos urgentes problemas setoriais, que têm como consequência atrasos expressivos nas obras e a queda dos resultados das operações. 

Apesar disso, existe uma resistência à mudança de empresas do setor para evoluir e ingressarem na jornada da industrialização, mesmo diante dos riscos de perderem o controle de custos e prazos e de não atingirem os resultados projetados.

Neste artigo, abordarei como a aceleração da industrialização é feita atualmente e quais são os desafios que o setor enfrenta. 

Boa leitura!

A aceleração da industrialização atualmente

Especialistas em engenharia de resultados vêm integrando três metodologias:

  • Pré-construção;
  • Fast Construction;
  • BIM (até a etapa de Orçamentação).

Desta forma, promovem o avanço gradual e seguro das operações de engenharia e construção na sua jornada da industrialização. 

Este trabalho é realizado através da inserção gradual, evolutiva e eficiente de elementos de construção off-site e de módulos, em projetos de construção tradicional. 

Vantagens da abordagem de integração

Essa abordagem gera segurança, permitindo que novos processos e tecnologias sejam inseridos e absorvidos na rotina das empresas, em estágios, com vantagens significativas e agregação de valor aos projetos, produtos e empreendimentos. 

A utilização dessas metodologias e ferramentas, de forma inteligente e bem conduzida, aliada à análise e gestão de riscos, garante que todos os aspectos do projeto sejam considerados, desde o seu conceito, aumentando a sua eficácia.

A Pré-Construção na aceleração da industrialização

A Pré-construção, usa ferramentas tais como: 

  • Target Costing;
  • Engenharia e Análise do Valor (EAV);
  • Lean Construction;

Quando usadas, permitem o desenvolvimento de projetos, planejamento e orçamento mais racionalizados, precisos e robustos. Conforme a evolução das etapas de projeto, são refinados e ganham consistência por meio dessa  abordagem dinâmica.

Isso se dá através de um trabalho eficiente de logística e de supply chain, o que promove: 

  • Rapidez da fabricação e montagem;
  • Previsibilidade de custos e prazos;
  • Fluxo contínuo de produção.

Esta abordagem, assegura a construtibilidade, a qualidade e o desempenho dos produtos entregues. 

O papel do Target Costing 

O Target Costing é particularmente importante, porque permite, a partir da definição do custo-alvo para o produto ou empreendimento – que deve ser factível – efetuar todo o trabalho de Pré-construção. 

Desta forma, o projeto é desenvolvido para que o custo-alvo estipulado seja efetivamente atingido. Trata-se de processo mais inteligente, em que não se admite que o projeto seja desenvolvido desconectado de uma meta de custo para o produto. 

Este costuma ser um ponto de estresse, particularmente para as incorporadoras e construtoras, levando-as a um trabalho enorme para viabilizar os seus projetos e empreendimentos, nem sempre com resultado satisfatório, seja pelas menores margens geradas ou pelo sacrifício de conceitos do produto que impactam o valor percebido pelo cliente.

Contribuições às Construtoras e Incorporadoras

As contribuições geradas para as empresas do setor são notáveis. 

1. Redução de Custos

Construtoras e incorporadoras que abraçam essas práticas investem num primeiro momento. Porém, registram a redução gradual dos:

  • Custos operacionais;
  • Despesas indiretas;
  • Prazos de entrega.

Além disso, têm a segurança crescente na consecução dos resultados planejados e maior controle dos seus custos e prazos, na medida em que avançam na industrialização. 

Ao implementar essa abordagem, as empresas de engenharia de resultados especializadas nesta metodologia, atuam de forma integrada às empresas construtoras e incorporadoras, evitando-se a redundância de recursos. 

2. Otimização de Processos

Os processos são aprimorados e redesenhados, reduzindo-se desperdícios e ineficiências, ao mesmo tempo em que os profissionais de engenharia, suprimentos, orçamento e planejamento das construtoras e incorporadoras ingressam no universo da construção modular e off-site

Isso resulta em melhor colaboração entre todos os stakeholders do projeto, facilitando a comunicação e assegurando que as expectativas sejam atendidas. 

Como consequência, a rentabilidade dos projetos melhora e a reputação das empresas no mercado é fortalecida, em reconhecimento ao ganho de eficiência e ao compromisso com a tecnologia e com a inovação.

3. Fortalecimento das Práticas ESG

A implementação dessas metodologias resulta em produtos mais leves e eficazes, o que contribui para a sustentabilidade e para a menor extração de recursos naturais e também para a significativa redução do desperdício. 

Na construção off-site e modular os projetos são elaborados para obter eficiência hidro energética. O consumo de energia e de água na produção são muito menores do que os da construção tradicional, o que colabora com as melhores práticas de ESG. 

Na perspectiva social, gera-se empregos melhores, com maiores salários nos processos de produção e montagem. No que tange à governança, as operações de construção mais industrializadas atuam com práticas e diretrizes alinhadas às da indústria, em geral.

Como acelerar a industrialização de um projeto

Figura 1. Algumas possibilidades de industrialização em um projeto

A Figura 1 apresenta algumas possibilidades de industrialização em um projeto, para os diversos sistemas construtivos. Certamente há outras possibilidades não elencadas como, por exemplo, os sistemas de cobertura. 

É importante que o estudo das soluções seja apoiado por um trabalho bem planejado de logística e supply chain, considerando:

  • O conceito do projeto;
  • Tipologia de cada edificação;
  • Fornecedores locais ou regionais para os componentes;
  • Capacidade de produção das indústrias de construção off-site e modular. 

Na Pré-construção, estudos paramétricos comparam as soluções numa matriz de decisão apontando os custos, os prazos e os benefícios das diferentes alternativas para cada uma delas, permitindo decisões acertadas para que o produto apresente o desempenho, os custos e os prazos planejados. 

Este trabalho é sempre mais eficaz quando o Target Costing é adequadamente empregado na Pré-construção.

Os desafios da aceleração da industrialização 

Alguns desafios merecem destaque. 

1. Transformação da Mão de Obra

Na jornada da industrialização, torna-se crucial a transformação de funções tradicionais, como pedreiro, encanador e eletricista, em profissionais multifuncionais — os montadores. 

A industrialização da construção demanda menor quantidade de mão de obra direta nos canteiros de obra e nas fábricas, contudo com ganhos substanciais de produtividade, permitindo que os montadores sejam mais bem remunerados. Isso reduz a rotatividade da mão de obra e aumenta a segurança nos canteiros, criando um ambiente de trabalho mais estável e eficiente.

2. Transição para Métodos Industrializados de Produção

Questões culturais, como resistência a mudanças, dificultam a adoção de novas práticas. Medos e objeções, especialmente quanto aos custos iniciais de implementação e a necessidade de capacitação de equipes, são comuns. 

Para superar esses obstáculos, é essencial: 

  • O compromisso da alta gestão em desenvolver uma cultura organizacional e um ambiente que incentive a criatividade e a inovação;
  • A adaptação às mudanças, investindo na capacitação da equipe, em tecnologia, em ferramentas e processos;
  • Uma posição firme em relação à relevância da industrialização para o futuro do negócio. 

Faz-se também necessário promover o trabalho em equipe e a cooperação entre colaboradores, especialistas, fornecedores e consultores, priorizando a logística e a integração da cadeia de suprimentos. 

É, portanto, necessário que haja uma mudança de mentalidade nas organizações, bem como a conscientização sobre os benefícios de práticas inovadoras, inserindo a aceleração da industrialização como uma questão estratégica e de sobrevivência. 

3. Planejamento Estratégico Assertivo

Figura 2. Jornada da Industrialização: estratégia de projeto e de produção

A Figura 2 apresenta uma boa estratégia de implementação da industrialização em empresas do setor de construção. 

Deve-se definir claramente com o cliente o escopo e os objetivos do projeto, criando-se os “Gates” 1 e 2 (pontos de decisão), após as etapas de Pré-construção e de Desenvolvimento. 

No Gate 1 ocorre no Estudo de Viabilidade do Projeto e, no Gate 2, a Validação e Análise de Desempenho do Protótipo. A decisão pelo avanço para a próxima etapa ou o retorno à etapa anterior para revisões e ajustes é realizado em cada Gate, por um profissional destacado pelo cliente, com autonomia para tomar decisões por ele. 

Somente após as aprovações nos Gates 1 e 2 é que o projeto do produto está finalizado e pronto para a produção.

Conclusão

Industrializar é urgente: não esperar a “água bater no nariz”! 

A matemática da industrialização tem sido mal realizada e tem sido uma justificativa para que empresas e profissionais se mantenham na zona de conforto e não avançarem na jornada da industrialização. 

Essa matemática tem que ser feita de forma correta e sistêmica, o que possibilitará uma visão realista dos impactos e benefícios gerados, inclusive na redução de custos.

Sugere-se a implementação da análise e gestão de riscos e a definição de metas e indicadores de desempenho, qualidade e produtividade, para monitorar e gerenciar os avanços e os resultados.

Um planejamento cuidadoso, a criação de uma cultura adequada à Inovação, bem como a capacitação contínua da equipe é fundamental para garantir que todos se adaptem às transformações e às novas tecnologias.

Ao alavancar tecnologias inovadoras e acelerar a industrialização da construção, as empresas do setor da construção civil:

  • Aprimoram a eficácia de seus projetos, produtos e empreendimentos;
  • Estabelecem um novo padrão de excelência na indústria; 
  • Aproximam-se dos setores industriais mais desenvolvidos;
  • Comprometem-se mais com a sustentabilidade; 
  • Geram resultados mais atrativos numa visão de médio e de longo prazo;
  • Sinalizam um caminho promissor para o futuro do setor. 

O apoio de profissionais e de empresas experientes que dominam a construção off-site e modular, bem como a Fast Construction, um projeto integrado, em BIM e a Pré-construção e suas ferramentas, acelera sobremaneira a jornada da industrialização.

Resposta

  1. Querido PS
    Excelente artigo .
    Eu acho pessoalmente muito difícil se viabilizar a industrialização sem haver padrões .
    Tem que ter padrões de quartos, padrões de banheiros , padrões de kits área de serviço , padrões dimensionais de salas, sacadas, cozinhas , entende?
    Por exemplo : salas podem ser quadradas, retangulares , em “L” etc e dd várias dimensões : mini, pequena, média, grande etc
    Sem padrão não seria possível ter ganho de escala industrial , para se obter maior produtividade.

    Estes padrōes deveriam ser definidos pelo IPT, por algum órgão do Estado, dentro de um plano de governo, para financiar casa própria .

    Eu acho se não houver este compromisso com governo , será muito difícil viabilizar “a industrialização da construção “ pela iniciativa privada !

    Quis te deixar esta reflexão para sua avaliação .
    Forte abraço e sucesso !!

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