Mercado

Vendas de cimento crescem 3,5% em 2019

Cimento
Aumento interrompe quatro anos de queda. Para 2020, a expectativa é de um acréscimo próximo ao registrado em 2019

O cimento é um aglomerante hidráulico que, em contato com a água, produz reação exotérmica de cristalização de produtos hidratados, ganhando assim resistência mecânica. É o principal material de construção usado como aglomerante. 

Em dezembro, as vendas de cimento no Brasil somaram 4 milhões de toneladas, um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo mês de 2018, de acordo com dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). Com esse resultado, o setor fecha o ano de 2019 com um total de 54,5 milhões de toneladas de cimento vendidas, um aumento de 3,5% sobre 2018. É o primeiro resultado positivo desde 2014.

De acordo com o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna, a melhora no ambiente macroeconômico e a retomada do mercado imobiliário foram os principais catalizadores deste crescimento. “O índice de confiança da construção civil apurado pela FGV está crescendo desde junho e alcançou, em dezembro, o maior patamar, sinalizando um crescimento sustentável do setor”, disse.

Mesmo com o resultado positivo, o setor acumulou quatro anos consecutivos de queda e ainda opera com capacidade ociosa de aproximadamente 45%.

Ainda de acordo com os dados do levantamento, as vendas por dia útil – que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo – registraram aumento de 2,7% em relação à 2018. Já o consumo aparente de cimento em dezembro, que corresponde as vendas internas somadas as importações, totalizaram 4 milhões de toneladas, uma alta de 1,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No ano, o crescimento foi de 3,3%. Para 2020, a expectativa é de um crescimento próximo ao observado em 2019. 

O setor imobiliário foi o principal responsável pela recuperação do consumo de cimento, com destaque para o residencial. O número de unidades financiadas para construção cresceu 38% no acumulado até novembro. Na mesma linha houve alta de 17%, nos lançamentos residenciais, no acumulado até setembro, com destaque para os imóveis voltados para as classes média e alta.  

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